Esporte

Presidente do Sport aponta xenofobia em punição após atentado ao ônibus do Fortaleza; confira

Igor Cysneiros/Sport
Sport não terá torcida como mandante nem visitante em competições da CBF  |   Bnews - Divulgação Igor Cysneiros/Sport
Rafael Abbehusen

por Rafael Abbehusen

[email protected]

Publicado em 24/02/2024, às 09h00


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente do Sport, Yuri Romão, se pronunciou sobre a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após torcedores do clube atacarem o ônibus do Fortaleza na saída da Arena de Pernambuco. Segundo ele, a decisão "por conta do seu CEP".

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp!

O STJD deferiu pedido da procuradoria, na tarde desta sexta-feira (24), determinando que o Sport deverá atuar com portões fechados em jogos como mandante e sem torcida no estádio em jogos como visitante. Medida é válida apenas para competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"Tudo aquilo que estava ao nosso alcance foi feito. Por isso que, mais uma vez, reitero que essa decisão não é razoável, deixar um ar de arbitrariedade, ou, pior, estão punindo um clube de Pernambuco, do Nordeste, apenas por conta do seu CEP", disse Romão.

Para justificar a fala, o presidente citou outros casos recentes de violência em punição em estádios. Bahia, Grêmio, Internacional, Flamengo e Botafogo foram usados como exemplo.

"Em casos recentes, dois, três anos, o caso do Internacional, onde o atleta Nico Hernandez foi atingido por pedras. O caso do Grêmio que, ao chegar no Beira Rio, teve o seu ônibus apedrejado. Tivemos o caso semelhante do Bahia, em que o goleiro Danilo Fernandes foi atingido por uma bomba", listou Romão.

"Então porque somente o Sport é punido?", questionou.

O STJD alegou descumprimento ao artigo 158 da Lei 14.597/2023, que trata do dever dos times em garantir segurança aos torcedores.

"O episódio não se deu na chegada. Foi na saída distante do estádio em uma rodovia federal. Tem alguma coisa errada nisso. Nós não podemos baixar a cabeça diante de uma decisão que, mais uma vez, repito, não é razoável e acho, inclusive, que é arbitrária", criticou o presidente.

Para finalizar, Romão afirmou que o atentado foi um problema de segurança pública.

"Enfrentaremos nos meios legais para tentar reverter essa decisão. Não podemos ser penalizados por algo que não é da nossa competência", disse.

Clique aqui e se inscreva no canal do BNews no Youtube!

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp