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Presidente se recusa a renunciar após beijo forçado em jogadora espanhola: "selinho consentido"

Divulgação/Federação Espanhola de Futebol
Luis Rubiales declarou que beijo em Jenni Hermoso foi combinado com a atleta  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Federação Espanhola de Futebol
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 25/08/2023, às 09h09


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O presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, afirmou que não vai renunciar ao cargo após ter beijado, à força, a jogadora espanhola Jenni Hermoso após a final da Copa do Mundo Feminina. A declaração foi dada durante Assembleia-Geral Extraordinária da entidade, nesta sexta-feira (25).

“Me disseram que o melhor é que renunciasse. Tem que haver um motivo para te tirarem de um lugar. Um selinho consentido é para me tirar daqui? Quem me conhece sabe que iremos até o fim. Espero que a lei seja cumprida”, disparou Rubiales.

O mandatário anunciou a permanência na presidência durante o discurso diante de dirigentes de federações regionais do futebol espanho . Por diversas vezes, reforçou que o beijo em Hermoso não foi forçado.

“O desejo que eu poderia ter naquele beijo era o mesmo que eu poderia ter beijando uma das minhas filhas. Portanto, não há desejo e não há posição de domínio. Foi um beijo espontâneo, mútuo e eufórico. E, acima de tudo, consentido”, continuou.

Segundo Rubiales, ele havia pedido a Hermoso para lhe dar um selinho em meio às comemorações dentro de campo. Ele afirmou ainda que jogadora entendeu o pedido e o encarou como uma anedota.

“Aí começam essas pressões, o silêncio da jogadora e um comunicado que não consigo entender. Aqui está sendo executado um assassinato social, estão tratando de me matar. Como espanhóis, temos que fazer uma análise de para onde vamos. Ser campeão mundial é a melhor coisa do futebol. Lutamos muito por isso”, disse.

De acordo com informações do site Relevo, o presidente implorou para que Hermoso aparecesse ao seu lado num vídeo pedindo desculpas, mas a jogadora se recusou.

Pedidos de renúncia já haviam sido feitos pela vice-presidente em funções do governo espanhol, Yolanda Díaz, pela Associação de Jogadores de Futebol Espanhóis (AFE) e pela Federação de acionistas e sócios do futebol espanhol (FASFE).

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