Promotora de Justiça explica decisão por torcida única no clássico Ba-Vi; entenda

A promotora de Justiça Thelma Leal pontuou "falta de interesse" por parte do poder público para viabilizar que o clássico Ba-Vi volte a ser realizado com as duas torcidas nos estádios da Bahia.

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Em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (19), a representante do Ministério Público (MP-BA) afirmou que não há incapacidade dos órgãos, mas sim, falta de adoção de medidas que possibilitem uma maior segurança. 

"Diria que não é incapacidade, e sim, falta de interesse por parte do poder público. Não tivemos iniciativa nesse sentido [...] Ao longo do ano registramos diversas notícias de violência entre torcidas. A decisão pela manutenção da torcida única é baseada em provas concretas de violências que aconteceram neste ano", afirmou. 

Sobre os critérios para melhorar a segurança, Thelma apontou a necessidade de cadastro único dos torcedores por parte das federações, reconhecimento facial, melhorar aspectos de comercialização de ambulantes e de garrafas de vidro no entorno do estádio, entre outros fatores.  

"Não temos nenhum indicativo para o retorno das torcidas, ainda mais esse ano que teremos mais clássicos. Não tenho como enumerar cada situação de violência que acompanhamos", completou a promotora. 

A última vez que o clássico Ba-Vi recebeu as duas torcidas no estádio aconteceu no Campeonato Baiano de 2018. Na ocasião, uma confusão dentro do estádio, entre os próprios jogadores, fez com que sete atletas fossem expulsos e a partida terminasse. 

Em 2024, pelo menos quatro clássicos Ba-Vi's estão previstos. O número pode aumentar para até 10 jogos, com possíveis cruzamentos das equipes nas fases mais avançadas do Campeonato Baiano e Copa do Nordeste.