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Mais de dois anos depois, Justiça toma decisão sobre massagista do Náutico acusado de roubo

Caio Falcão/CNC
Massagista havia sido acusado de praticar um assalto no Recife  |   Bnews - Divulgação Caio Falcão/CNC
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 18/09/2023, às 06h55 - Atualizado às 06h57



Por 23 dias, Paulo Mariano esteve no Centro de Triagem Professor Everardo Luna - presídio de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, sem contato com o exterior. Não pôde ver a esposa, os pais ou os filhos, por conta das visitas suspensas durante a pandemia da Covid-19. Nem sequer sabia porque estava preso, acusado de um crime que não cometeu. Mais de dois anos depois, o massagista do Náutico foi enfim inocentado na Justiça.

“Estou no momento bem emotiva. Você está falando e eu chorando”, contou Amanda Araújo, esposa de Paulinho, como se tornou conhecido.

-“No processo criminal o acusado é ouvido por último. As audiências começavam, mas eram remarcadas para localizar o motorista do coletivo, o cobrador. O promotor estava fazendo questão de ouvir todos e às vezes era difícil de localizar. Só em abril Paulinho deu o depoimento”, disse a advogada do massagista.

Paulinho deixou a prisão no dia 19 de março de 2021, voltou a trabalhar no Náutico - recepcionado com festa por jogadores, diretores e comissão técnica - e segue no clube até hoje.

Em 2021, Paulinho contou ter sido pego de surpresa quando policiais apareceram no centro de treinamento do Náutico e o prenderam - acusado de participar de um assalto a ônibus ocorrido em 25 de dezembro de 2018.

Paulinho - após 23 dias preso - disse não saber o motivo da prisão e tinha inclusive fotos postadas no natal de 2018, reforçando a tese de que estava em casa no dia do crime.

A Polícia Civil informou através de nota na época que a investigação foi "conduzida de forma imparcial" e o inquérito remetido ao Ministério Público de Pernambuco, que encaminhou ao Judiciário - reponsável por determinar a prisão preventiva de Paulo.

A prisão de Paulinho mobilizou clubes de Pernambuco em 2021, com o pai trabalhando como massagista no Santa Cruz e o filho na mesma função nas categorias de base do Sport.

Jogadores e torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport também foram às redes sociais pedir a liberdade de Paulo até que, no dia 18 de março, a Justiça aceitou o habeas corpus da defesa e revogou a prisão preventiva. Desde então, ele vinha lutando pela absolvição na Justiça.

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