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Renato Paiva descarta “milagre” a curto prazo no Bahia e bate pé firme com metodologia

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O técnico Renato Paiva também defendeu o lateral-direito Cicinho, do Bahia, após chuva de vaias da torcida  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Bahêa

Publicado em 15/02/2023, às 08h42   Cadastrado por Pedro Moraes


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Carimbada a vaga para a semifinal do Campeonato Baiano, o Bahia tem buscado garantir os pontos necessários para se classificar à próxima fase da Copa do Nordeste. Contudo, no meio do caminho, o Esquadrão de Aço foi demolido pelo Fortaleza, na noite desta terça-feira (14), por 3 a 0, na Arena Fonte Nova, em jogo válido pela terceira rodada da Copa do Nordeste. 

Postado fragilmente na parte ofensiva, o Esquadrão de Aço também apresentou uma deficiência ainda mais ampla no setor defensivo. Acima de tudo, a equipe chegou a sofrer três gols nos primeiros 45 minutos. Durante a entrevista coletiva pós-derrota, o técnico Renato Paiva avaliou o resultado e garantiu estar consciente da sua estratégia de jogo.

“Eu até entrei com dois jogadores com características defensivas. O Diego Rosa e o Acevedo. O que queríamos era que eles fossem mais ao ataque. O Diego saiu porque não entrou no processo de ataque. Ele só ocupou espaços lá atrás. A linha estava avançada no primeiro gol, mas a gente tinha que estar ali. O que temos que fazer é colocar em prática o que treinamos, e hoje não fizemos. Nós jogamos controlando o espaço do adversário, a profundidade, e hoje fizemos uma linha de fora de jogo. Nós não temos esse "volantão". Não acho que foi por ausência desse jogador. Repito, o Fortaleza foi melhor que nós coletivamente e individualmente”, explicou.

Somente na temporada 2023, o ricolor sofreu 11 gols em 11 partidas no total, isto é, média de um por jogo. Ainda assim, para o português, a projeção é de êxito com sua tática. 

"É trabalho. O treinador sou eu, quem trabalha todos os dias com eles sou eu. Não sou teimoso. Eu detesto perder. Não é teimosia. É convicção do nosso trabalho", garante. 

Questionado sobre o lateral-direito Cicinho, o técnico Paiva viu o defensor ser vaiado praticamente durante todos os 90 minutos, e afirmou que essa tática da torcida não vai fazer o jogador “melhorar”.

“Não acho. O Cicinho cometeu erros, como cometeram outros jogadores. A torcida colocou o foco em Cicinho, marcou ele e escolheu para vaiar. Se a torcida acha que a vaia é o melhor caminho, tudo bem. Eles têm esse direito. Nunca vi ninguém melhorar com vaias, mas tudo bem. Cicinho vem ganhando ritmo e confiança, era capitão no ex-clube. Não é um jogador qualquer. Tem seu passado e sua história. Vou corrigir o que precisa, ser duro quando precisar, mas ser equilibrado acima de tudo. Ninguém agradou a todos, não vou ser o primeiro, nem o Cicinho. Repito que cometemos erros hoje na organização da linha defensiva. De fato eles não estão fazendo alguns movimentos que treinamos. Vou observar o que se passa e corrigir. Mas não vou jogar com uma linha lá atrás quando estiver com a bola, não vou fazer isso. Se a gente faz o gol na primeira jogada com o Kayky, teríamos tranquilidade. Mas não foi isso que aconteceu. O que aconteceu foi o gol deles no primeiro ataque”, finaliza. 

Classificação Indicativa: Livre

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