Esporte
Quem pensou que as roupas da delegação brasileira seriam a “piada” internacional durante as Olímpiadas 2024, em Paris, se enganou. E não é porque a versão assembleiana da Riachuelo fez sucesso, mas sim porque a estrutura do evento está deixando a desejar para os atletas e também para os torcedores, fazendo o país europeu ser o assunto, juntamente com a sua Vila Olímpica.
Claro, além dos problemas, a França também já foi palco de diversas situações inusitadas, pitorescas e até engraçadas. Tudo isso em menos de 48 horas do início oficial dos jogos mundiais. Para manter você, caro leitor, bem informado, o BNews preparou uma lista com os principais assuntos de repercussão, além de curiosidades dessa edição das Olimpíadas.
Mobilidade interrompida
Uma ação de vandalismo atingiu o sistema de Trens de Alta Velocidade francês. Os "ataques incendiários" miraram instalações das linhas que ligam Paris a várias regiões do país, resultando em longas filas daqueles que queriam se deslocar pela França, inclusive das jogadoras de futebol feminino do Brasil, que acabaram não conseguindo embarcar para a cerimônia de abertura dos jogos (É, não é só o metrô de Salvador que sofre com os furtos a cabos).
Abertura satânica?
Os mais conservadores não gostaram nada da abertura dos jogos. Isso porque rolou uma apresentação em alusão ao quadro’ A Última Ceia’, de Leonardo Da Vinci, sendo representado por drag queens, com direito a um Smurf, que seria o deus grego Dionísio. Além disso, teve cavaleiro galopando sob a água, fazendo muito lembrarem o livro de Apocalipse. Há quem diga que o apagão ocorrido na cidade horas depois foi uma resposta do divino.
155 e 157 CPB
Os atletas de futebol seguiram sendo penalizados nessa edição das Olimpíadas. Acontece que roubaram a mala de Zico, quando ele saia do carro, em frente ao hotel onde está hospedado, causando um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões, além, é claro, do transtorno com perda de documentos e outros.
Quem também teve um prejuízo de estimado em mais R$ 300 mil foi o jogador argentino Thiago Almada, quando furtaram um relógio e um anel seu no vestiário, enquanto o atleta treinava (quem diria que na França também tem menino de vó).
Pediu “VAR”
O japonês Ryuju Nagayama perdeu no judô para o espanhol Francisco Garrigos. Para a arbitragem o asiático foi imobilizado e, por isso, perdeu por Ippon, mas Nagayama não concordou, pois não houve contagem, tão pouco perdeu a consciência. O atleta ficou no tatame pedindo revisão da arbitragem, por cerca de três minutos, mas ninguém se mobilizou.
O inimigo número um da França é brasileiro
O empresário Lucas Amadeu gastou R$ 15 mil no ingresso que dava acesso ao melhor lugar possível para pessoas físicas assistirem a abertura das Olimpíadas. O que ele não contava é que a área não dispunha de uma simples cobertura e, para seu desespero, o dia foi de chuva. Como todo bom brasileiro, ele usou as redes para reclamar, o que acabou levando seu rosto para as páginas dos jornais, sites e também nos noticiários da TV, já que os franceses não gostaram nada da reclamação.
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E tome mais reclamação
E não foi só brasileiro que reclamou das Olimpíadas Parisienses, o ciclista belga Remco Evenepoel chamou de “estradas de merd*" o percurso que ele fará, pois, segundo o atletla, as vias estão bastante danificadas nos primeiros e últimos cinco quilometros.
Olimpíadas “in-sustentáveis”
A França resolveu ter as Olimpíadas “mais sustentáveis da história”, o que inclui, entre outras coisas, uma comida majoritariamente vegana e vegetariana, mas isso não agradou todos os atletas, afinal, muitos querem as proteínas animais, fazendo as carnes e ovos serem os primeiros a sumir no restaurante, que também conta com uma longa fila. Para não passar fome, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) deu seu jeitinho e reforçou a alimentação no refeitório montado na base do Time Brasil. Já os atletas do Reino Unido, contrataram chefs de cozinha.
Olimpíadas “in-sustentáveis” 2
Até dormir está sendo difícil na Vila Olímpica. A seleção feminina de handebol da Suécia precisou comprar os próprios colchões para os quartos onde estão alocadas. "O problema não é a cama de papelão, estou perfeitamente bem com isso. O colchão que é duro, ele é novo e demora um pouco até ficar confortável. Sentimos que não aguentaríamos esperar por isso, queríamos dormir bem desde o começo. Não suportamos dormir mal”, disse a capitã da seleção sueca, Jamina Roberts.
Olimpíadas “in-sustentáveis” 3
Para ser ecológica, os quartos da Vila Olímpica não possuem ar-condicionado. Para aguentar o calor do verão de Paris, o Olímpico da Noruega alugou 140 ventiladores para as acomodações dos atletas. (a economia do governo francês foi por ‘água abaixo’).
Esqueceram de mim
Atletas de stake, incluindo a nossa fadinha, Rayssa Leal, foram esquecidos na arena onde treinavam para a competição. Os skatistas tiveram que arcar com um táxi, já que o local era bem distante da Vila Olímpica.
Pegação 1
O aplicativo Grindr, destinado ao público LGBTQIA+, desativou os serviços de localização na Vila Olímpica. A medida é para que não ocorra o que houve na edição brasileira, quando uma jornalista expôs atletas que estavam usando a plataforma, incluindo aqueles que não eram assumidos.
Pegação 2
As cama anti-sexo, na verdade, não foram feitas com esse objetivo, mas sim para uma solução sustentável, afinal elas são feitas de papelão, ou seja, 100% ecológicas.
Pegação 3
Uma cama anti-sexo nem faria sentido, já que para essa edição acabou com a proibição de sexo, que foi implantada por causa da pandemia de coronavírus nos jogos de Tóquio, em 2020.
Pegação 4
Já prevendo que alguns atletas podem querer “tirar o atraso”, o Comitê Organizador das Olimpíadas de 2024 distribuiu 300 mil camisinhas para os atletas na Vila Olímpica (depois dizem que o Carnaval de Salvador é que é promíscuo).
Pegação 5
Bem que a ex-jogadora de basquete Hortência avisou: “A Vila Olímpica é uma perdição”. E se lá não for suficiente, tem uma boate de strip oferecendo entrada VIP para atletas e jornalistas durante os Jogos.
Pegação 6
Será por disso que os franceses escolheram um mascote com formato de clitóris?
Pegação 7
Mas bem que minha mãe dizia: “Você não é todo mundo!”. Nesse caso, as jogadoras de vôlei da Itália é que não são. As meninas não poderão aproveitar a pegação, pois o técnico Julio Velasco tratou de instalá-las em outro local, exatamente para evitar a Vila Olímpica — que para ele é a "Disneylândia do Esporte".
Cuidado, perigo!
Teve atleta asiática que ficou de fora dessa edição por fumar e beber com 19 anos, sendo que só é permitido a partir dos 20. Em contraponto, Steven van de Velde, jogador de vôlei de praia da seleção holandesa está competindo, mesmo já tendo ficado preso durante um ano, por fazer sexo com uma adolescente, de 12 anos, quando ele tinha 19. Pelo menos o Comitê Olímpico Holandês (NOC) o colocou em um local separado da Vila Olímpica, para "garantir um ambiente esportivo seguro para todos os participantes”.
Luto!
Lionel Elika Fatupaito, treinador de boxe da seleção de Samoa, sofreu um infarto e morreu na Vila Olímpica poucas horas antes da abertura dos jogos
Indisciplinada
De acordo com o IBGE, 47% adultos e 84% jovens brasileiros são sedentários, mas todos eles sabem: esporte é, sobretudo, disciplina. Algo que a nadadora Ana Carolina Vieira e o seu namorado, o nadador Gabriel Santos, não entenderam ainda. Após deixar a concentração, sem autorização, a amostradinha ainda “respondeu” e acabou sendo desligada da competição.
Gordofobia
Izabela da Silva, atleta do lançamento de disco, que é medalhista de ouro nos Jogos Pan-americanos Santiago 2023 e finalista olímpica em Tóquio 2020, recebeu um uniforme masculino do COB. A Puma, que é fornecedora da Confederação Brasileira de Atletismo (CBA), não tinha modelagens no seu tamanho. Ela se prepara há quatro anos para essa Olimpíada, mas parece que a Puma não dedicou nem um dia para produção da roupa dela.
Gandula de natação
Sim, há um nadador para buscar coisas na piscina e, em Paris, ele usa uma sunga colorida. O funcionário foi acionado após uma atleta “perder” a touca na água, causando muita euforia por parte dos torcedores que estavam no ginásio.
Admita: você não sabia que existia gandula na natação. #OlimpiadasNaCazéTV pic.twitter.com/dOGJ6FzFtt
— CazéTV (@CazeTVOficial) July 28, 2024
Confusão da porr*
As seleções de futebol da Argentina e Marrocos estavam jogando pela Olimíadas, quando o árbitro assinalou mais 15 minutos de acréscimo no segundo tempo, enquanto a equipe africana vencia a partida por 2 x 1. No último lance, a Argentina empatou e torcedores marroquinos entraram em campo. Com isso, os jogadores foram para os seus respectivos vestiários. Quase duas horas depois, no telão do estádio, surge o seguinte aviso: "sessão interrompida". Sim, a partida não havia chegado ao final, os atletas precisaram voltar em campo para jogar três minutos e sem o último gol argentino, pois o VAR revisou e invalidou. Ufa!!!
Superação!
A atleta Nathalie Moellhausen está com um tumor benigno no cóccix, motivo pelo qual ela poderia usar como desculpa para não ir às Olimpíadas, mas ela se esforçou, treinou e fez questão de representar o país. Infelizmente ela passou mal no decorrer do terceiro tempo do combate na esgrima, e acabou não conseguindo concluir o duelo.
Maré de azar baiana
Breno Correia e Guilherme Caribé, foram eliminados no 4x100m. Já Rafaelle falhou no gol e o Japão conseguiu virar no futebol. Pelo menos keno venceu sua luta na estreia e continua na competição.
Os Costas
Maria Fernanda Costa, a ‘Mafê’, e Guilherme Costa, o Cachorrão, fizeram uma dobradinha que a gente não queria. Apesar dos bons resultados, eles não conseguiram medalhas na final da 400 metros nado livre.
É derrota, em cima de derrota
O Brasil perdeu no basquete, no vôlei masculino, no individual de natação, no individual de ginástica artística, no judô, no tiro esportivo e no tiro esportivo.
Jejum
Desde 2012 que os atletas acostumaram mal os brasileiros, sempre conseguindo medalhas, desde o primeiro dia das Olimpíadas — o que não ocorreu neste ano. Tomara que a prata, já garantida, de William Lima, faça os demais atletas enxergarem as medalhas mais do que o judoca, que parou a competição após perder a lente de contato no tatame, enquanto lutava.
Atualização
No segundo dia, o Brasil conseguiu duas pratas no judô e bronze com Rayssa Leal, elevando a autoestima do torcedor brasileiro que vibrava com as quedas das demais atletas.
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