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Publicado em 18/06/2015, às 08h29 Cíntia Kelly (@cintiakelly_)
Madrugada do dia 8 de novembro de 2014. Cruzamento da Avenida ACM, nas proximidades do Parque da Cidade, em Salvador. Um motorista conduzindo uma Nissan Frontier a 144 km/h atingiu em cheio os ocupantes de um Hyundai Sonata, que tentava fazer a travessia. Sete meses depois do ocorrido, a polícia está, finalmente, em vias de concluir o inquérito.
Conduzindo a Nissan Frontier estava o advogado e professor de direito penal, Roberto João Starteri Sampaio Filho. No Sonata, o publicitário Daniel Prata e a médica Luciana Luchetti. Ele morreu na hora. Ela ficou em coma induzido com graves fraturas. Starteri teve apenas ferimentos superficiais.
Trafegar a 144 km/h na Avenida ACM significa dizer que Starteri estava ultrapassando mais que o dobro o limite permitido na via, que é de 70 km/h. Segundo o advogado da família de Daniel Prata, Bruno Nova, a exatos dois segundos antes de atingir o carro em que estavam Daniel e Luciana, Starteri ‘transformou luz’. “O laudo pericial indica um excesso de velocidade e foi isso que causou o acidente”, afirmou Bruno ao Bocão News.
Policiais militares que prenderam o condutor informaram, à época, que ele aparentava estar embriagado. Ele se recusou a fazer o teste de alcoolemia. “Apesar de ele não ter feito o teste, há testemunhas que dizem que ele estava alterado por bebida. E isso ainda é um agravante”, afirmou Bruno.
HOMICÍDIO DOLOSO - Familiares e amigos de Daniel Prata lutam para provar que ele não foi vitima de um acidente de trânsito, mas de homicídio doloso, quando há intenção de matar. O delegado Nilton Tormes, da 16ª Delegacia, localizada na Pituba, esta a frente das investigações. A equipe de reportagem do Bocão News tentou contato com ele, mas foi informado de que estava em uma reunião no DEPOM.
Segundo o advogado Bruno Nova, o inquérito será concluído até o final desta semana. “Ontem mesmo estive com o delegado e ele disse que já vai finalizar”, apontou. Em seguida, será remetido ao Ministério Público, que deve oferecer denúncia à Justiça.
Além das imagens das câmeras da Secretaria de Segurança Pública instaladas nas proximidades de onde aconteceu o acidente, também constará no inquérito imagens da casa de show Zen, no Rio Vermelho, em que Starteri aparece tentando tirar a camisa e desacatando seguranças do local. “Fica claro que ele descumpre regras de convivência social”, afirma Bruno Nova.
Condutor da Hilux, advogado Roberto Starteri
Enquanto isso, Starteri está solto. Ele chegou a ser preso logo após o acidente, mas foi liberado. O advogado dele, Sérgio Habib disse que ainda estava esperando finalizar inquérito para se pronunciar. À época, Habib disse que seu cliente foi soltou por ter residência fixa, trabalhar em duas faculdades e não ter intenção de fugir.
Publicada no dia 17 de junho de 2015, às 11h
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