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PF investigará site que vende quebra de sigilo telefônico, e-mail e WhatsApp

Publicado em 19/11/2015, às 10h36   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pediu que a Polícia Federal (PF) investigue o site Cartório Virtual por usar símbolos nacionais, como o Brasão da República, e a palavra “cartório” de maneira criminosa para dar uma aparente legalidade aos serviços oferecidos.  

A corregedora nacional do CNJ, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi, informou que encaminhou o pedido diretamente para o diretor da PF, delegado Leandro Daiello, para instaurar inquérito policial contra o proprietário do site, Marcelo Lages Ribeiro de Carvalho, que afirma ser perito judicial.

A magistrada se disse surpresa com o fato de as investigações do Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE) revelarem que o site quebrou e vendeu os sigilos telefônicos de deputados e promotores sem autorização judicial. “Este site é criminoso”, disse a corregedora.

Segundo as investigações, o site vende informações como quebra de sigilo telefônico, de e-mail e até de WhatsApp de qualquer pessoa. “Apenas autoridades policiais e promotores podem ter acesso a esses dados mediante autorização judicial. O que esse site faz é crime”, afirmou o promotor Cassio Conserino, responsável pela investigação.

O promotor disse que funcionários das operadoras Vivo e Claro são investigados, pois forneceram dados do celular funcional da Câmara dos Deputados usado por Sávio e do promotor Carneiro para o Cartório Virtual de maneira ilegal.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, dois ex-funcionários do site prestaram depoimento à Promotoria e revelaram como conseguem quebrar sigilos telefônicos ou outros dados mesmo sem autorização judicial. O Estado teve acesso aos depoimentos. 

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