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Construção do terceiro piso agravou problema no Shopping Paralela: “o chão trepidava, produtos tremiam nas prateleiras”

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Colaboradores cotam ainda rumores de que existem lojas condenadas, outras com vazamentos de água  |   Bnews - Divulgação Leitor/BNews

Publicado em 21/02/2019, às 13h04   Fernanda Chagas


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A polêmica em torno da estrutura do Shopping Paralela pode ser maior do que o divulgado. Conforme funcionários do empreendimento que procuraram o BNews, não se trata de um episódio recente, pontual, mas que já vem ocorrendo desde o início da construção do terceiro piso.

“Além de termos que conviver com o temor das ondulações que mais parecem quebra-molas e as rachaduras existentes do segundo piso, área que abriga o estacionamento (G2), quando se iniciou a construção do terceiro piso, cujas obras ocorriam dia e noite, o nosso pesadelo foi ainda maior. Passamos a conviver com tremores, o chão trepidava, os produtos tremiam nas prateleiras”, revelou um dos funcionários, complementando que o comentário nos corredores do empreendimento é que a estrutura do G2 já era estava comprometida e com a construção do terceiro piso, que abriga uma faculdade, teria comprometido ainda mais.

“Já avisei ao meu supervisor que não piso mais o meu pé lá no estacionamento. Soube também que existem lojas de departamento condenadas, outras com vazamentos de água. Precisamos de respostas concretas”, elencou outro colaborador, sem esconder o receio de que algo mais grave aconteça. 

O discurso é o mesmo quando questionados sobre respostas da administração do shopping. Afirmam não ter retorno enquanto funcionários. "O descaso é total, então como alternativa fomos buscar respostas como clientes e mais uma vez eles não falaram nada, minimizaram. Preferiram ignorar que o agravamento de um problema como esse pode comprometer vidas”, lamentou, citando a notificação da Defesa Civil de Salvador (Codesal) após vistoria na área do estacionamento que atesta problemas. O órgão deu um prazo de 15 dias à direção do shopping para apresentar novo laudo técnico. 

Na notificação, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) advertiu que o centro de compras "deverá realizar reparos de modo a nivelar o piso do nível G2" e "apresentar laudo estrutural atestando estabilidade no referido nível/piso", em um prazo de 20 dias. Seis dias já se passaram após o comunicado oficial. 

O QUE DIZ O SHOPPING PARALELA: 

Em nota, o estabelecimento garantiu que as ondulações presentes no estacionamento G2 não comprometem a segurança do empreendimento nem a de clientes e lojistas. “A estrutura já havia sido inspecionada, anteriormente, a pedido da Codesal e, como resultado, foi emitido parecer técnico assinado pelo engenheiro civil, João Gabriel Silva onde consta que a ondulação apenas causa 'problemas estéticos e de conforto dos usuários'”.

Segundo o Shopping Paralela, essas ondulações foram identificadas em 2012 e causadas pela acomodação da laje sobre o piso.

O estabelecimento ressaltou, ainda em nota, que a notificação lavrada pela Codesal no último dia 15, solicita ao Shopping Paralela apenas apresentação de um novo laudo técnico. “A administração está aberta a prestar mais esclarecimentos em relação a segurança do empreendimento e a todas as medidas que estão sendo tomadas”, concluiu a nota.

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