Publicado em 15/12/2011, às 12h27 Redação Bocão News
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Nesta quarta (14), sob o comando de Rafael Albuquerque e Fabíola Lima, o Se Liga Bocão, da Itapoan FM 97,5, recebeu o diretor de Relações Institucionais da TWB, Jayme Rangel. A ideia era falar sobre a Operação Verão e esclarecer algumas dúvidas do sistema ferry boat. Mas, a entrevista acabou virando um “massacre”. Usuários do sistema congestionaram as linhas da rádio para reclamar dos serviços prestados pela operadora.
No primeiro bloco, o destaque foi para um cadeirante que cobrou gratuidade para os deficientes físicos. “Quem regula isso é a Agerba. Acho que todos deveriam ter acesso livre mesmo. Mas, não somos nós que fixamos preço, tarifa e nem a legislação. Garantimos, apenas, a prioridade na compra do bilhete e facilitamos o acesso às embarcações”, rebateu o diretor.
Em seguida, ele anunciou o fim do terceiro lote de bilhetes com hora marcada para o réveillon. “A expectativa é de que a gente trabalhe com um intervalo de 20 minutos inter-barco (sic). Mas, quero deixar claro que, neste período de fim de ano, cerca de 100 mil pessoas e 20 mil veículos vão fazer travessia. O problema é que todos decidem voltar no domingo, dia 2. Aí é inevitável as grandes filas e as esperas de um ou duas horas. O cenário não seria diferente se tivesse mais 10 ferries”.
Logo depois, Jayme Rangel fez um apelo aos cidadãos baianos e turistas que pretendem usar o sistema na época da “virada”. “Peço aos usuários que procurem voltar no período da noite. A procura é sempre menor. Fuja do stress”.
A culpa é de quem? - Outro ouvinte entrou ao vivo e disse que, apesar de possuir casa na Ilha, estava há três anos sem fazer a travessia Mar Grande-Salvador. Sem perder tempo, mais uma pessoa usou o mesmo espaço para criticar a postura da TWB em reclamar da suposta “herança maldita”. “Se os barcos estavam sucateados, por que vocês participaram da licitação. A empresa assumiu um compromisso e tinha que renovar a frota. Chega de fritar o pão com a mesma banha! Vocês não cumprem horários e desrespeitam todo mundo!”, protestou.
O diretor de Relações Institucionais tentou amenizar, mas acabou criando outra polêmica. “A verdade é que, de fato, herdamos barcos com 20 e 30 anos de uso, que não vão repetir o mesmo desempenho do Ana Nery ou do Ivete Sangalo. Os equipamentos estavam muito velhos, mas estão sendo recuperados. É preciso saber que nós investimos mais de R$ 100 milhões em menos de cinco anos. A questão é que a imprensa baiana sempre busca o lado negativo, fui diretor da Tribuna da Bahia e sei disso. Trabalhamos bem durante 360 dias, em cinco existem problemas por conta do grande fluxo, mas todo mundo transforma o serviço num caos”.
Não satisfeito em acusar a grande imprensa de construir uma agenda negativa, ele ainda teve a desfaçatez de desqualificar os usuários do ferry boat. “Em geral, são muito abusados mesmo”, disparou.
Para finalizar a sessão na “cadeira elétrica” do Se Liga Bocão, o representante da TWB disse que nunca nenhum barco da empresa ficou à deriva e apostou numa operação conjunta com a Ponte Salvador-Itaparica. “Acho que não afeta nada. Os dois sistemas podem trabalhar juntos da mesma forma que acontece no Rio de Janeiro”.
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