Geral

Revalidação do diploma cubano é criticado pela Cremeb

Imagem Revalidação do diploma cubano é criticado pela Cremeb
O Conselho questiona a qualidade de formação destes diplomados  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/01/2012, às 09h30   Redação Bocão News



O debate sobre o processo de revalidação dos diplomas médicos obtidos em Cuba está longe de ser simples. Um convênio de cooperação entre a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), virou alvo de críticas do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb).

O Conselho médico protesta contra o convênio, entre a Uesc e a Elam, que prevê que instituições de ensino superior públicas brasileiras acompanhe o processo necessário para a revalidação do diploma de cerca de 500 alunos que estudam na instituição cubana. Além da Uesc, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e a Escola Superior de Ciências da Saúde de Brasília (ESCS) também teriam assinado parceria com a Elam.


O presidente do Cremeb, José Abelardo de Meneses, questiona a concessão de benefícios na revalidação do diploma a apenas uma instituição, no caso, a Elam. Por outro lado, o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla, disse que não é a favorjustifica a revalidação como uma forma de amenizar o déficit médico no estado. "Um país com déficit, não pode abrir mão de profissionais formados em boas escolas".

Com base na pesquisa Demoragráfica  Médica Brasileira 2011, enquanto em Salvador há 4,19 médicos para cada mil habitantes, no interior a proporção cai para 0,57 médicos para cada grupo de mil pessoas.Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) não recomendem nem estabelecem taxas ideais para proporção médico e habitante, os números constatam uma realidade e a demanda de políticas significativas. Pesquisa recente do Cremed apontou que o interior tem 7,3 vezes menos médicos que a capital.

Uma das possibilidades do convênio é a revalidação sem a necessidade de um exame. Sobre isso, Solla diz que não é a favor da revalidação automática. Se confirmado, o convênio resolverá o problema de cerca de 500 médicos egressos de instituição cubana para clinicar no Brasil. Mas segundo a assessoria de comunicação da Uesc, o convênio ainda não foi formalizado.

A revalidação de diplomas obtidos no exterior é realizada no Brasil apenas pelas universidades públicas que oferecem o curso de medicina, embora a complementação possa ser feitas em particulares.

Informações do jornal A Tarde

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp