Quem disse que só criminoso, baderneiro e bares são autuados? Igreja também é. Nesta sexta-feira (12), a Paróquia de Santana do Rio Vermelho, em Salvador, foi autuada pela prefeitura municipal por poluição sonora. Segundo informações do jornal A Tarde, o barulho que tanto incomoda vem dos sinos da igreja.
Os agentes da Gerência de Fiscalização e Prevenção à Poluição Sonora (Gefip) e da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) resolveram monitorar medir o volume do som produzido pelo sino e o som que sai das cornetas instaladas na torre da igreja.
De acordo com a Gefip, cada badalada chegou a 84.6 decibéis, a uma distância de aproximadamente 3 metros da fonte, volume acima do permitido pela legislação da capital.
A atitude causou indignação da Arquidiocese de Salvador, que manifestou preocupação com a ação da administração municipal, cujo prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), é evangélico. A Cúria vê sinais de “intolerância religiosa” no episódio, já que por estar situada no Rio Vermelho, um bairro que é cercado por bares e sons, a Igreja foi considerada a única responsável pela poluição sonora do local.
O cardeal-arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo, ainda não comentou o episódio. A assessoria do religioso informou que o bispo irá se manifestar oficialmente neste domingo (14), na missa do Encontro Nacional do Terço dos Homens, no Estádio de Pituaçu, às 11 horas.
