Geral

Vereadores discutem futuro de unidades filantrópicas

Imagem Vereadores discutem futuro de unidades filantrópicas
Crise financeira do Aristides Maltez e Martagão Gesteira estava em pauta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/03/2012, às 12h10   Juliana Rodrigues


FacebookTwitterWhatsApp

Em reunião realizada nesta quinta-feira (15) na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) junto com Aristides Maltez Filho, presidente do Hospital Aristides Maltez, o diretor do Hospital Martagão Gesteira, Emanuel Melo, o superintendente da secretaria de Saúde, Andrei Alonso e representante do secretario de Saúde do Município, discutiram as dificuldades na saúde pública na Bahia, com foco para as duas unidades citadas.

Foto: Gilberto Júnior // Bocão News

Sem encontrar uma solução para a falta de verba das duas unidades hospitalares, que atendem 100% ao SUS e sofrem constantemente com ameaça de fechamento, parlamentares presentes apenas discutiram problemas.


Na ocasião, Aristides Filho reforçou o discurso sobre a falta de sensibilidade do governo e "jogo de empurra" nas responsabilidades com referência aos hospitais. Questionado pela reportagem do Bocão News sobre doações e campanhas promovidas pela sociedade, Aristides Filho respondeu que é grato pela mobilização e resultou que o dinheiro arrecadado serviu para pagamento dos funcionários e deu um fôlego nas contas por alguns dias, mas não isentou o governo da responsabilidade “Nós somos parte deste governo, a perturbação no momento é que se criou uma zona salubre o Martagão e o Aristides. Não estamos contra os governantes nem conta a sociedade. Nós somos representantes do governo precisamos de ações continuadas”.

Com o cenário crítico e não menos diferente, o diretor do Martagão Gesteira, responsável pelo atendimento infantil vem também lutando para atender a população carente. “Fazendo muito com pouco”. Melo fez questão de ressaltar que o orçamento permanece o mesmo desde 2009, ou seja, mais de um milhão para atender o sistema de transporte - cerca de 4 mil crianças diariamente. “Há uma tentação muito grande para abrir as portas para a iniciativa privada,as esta não seria a solução. Caso fizéssemos isso iríamos diminuir o numero de leitos destinados ao SUS. Nosso problema não é gestão interna e sim de verba. Precisamos de solução, mas não paliativos”, reforçou. 

No intuito de justificar a falta de revisão do repasse de verbas para as instituições filantrópicas, representando a Secretaria Municipal de Saúde, Maricélia Figueredo, ressaltou que o caso não é um problema isolado das unidades em pauta, mas sim da saúde em geral. “A situação de revisão de pagamento é algo complexo, mas vem sendo amplamente discutido na Sesab. É um problema geral, não só desses dois casos em específico, mas também não podemos comprometer pagar um aumento que não poderá ser mantido”, concluiu.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp