Depois de Carlos Alves, 15, que ficou um mês com um apito dentro do corpo, agora foi a vez do trabalhador rural Cloves Magalhães descobrir que passou 11 meses com parte de uma faca enfiada no corpo.
Segundo o G1, o rapaz do município de Juazeiro, contou que só depois que procurou ajuda médica descobriu que o objeto era a causa do problema. Ele contou que a faca entrou nele quando levou sete facadas depois de se envolver em uma briga, em dezembro de 2009.
Cloves ainda disse que chegou a pensar que havia um osso quebrado nas costas e que somente no Raio X foi descoberto o pedaço de faca. ”Dava para sentir a ponta embaixo da pele”, afirmou o rapaz.
Inicialmente ele procurou ajuda no Hospital de Urgência e Traumas, em Petrolina, mas nada foi constatado. Depois de muitas dores, ele resolveu ir ao Hospital Regional de Juazeiro, na Bahia, onde fez cirurgia no dia 12 para retirar o objeto.
Cloves disse que vai consultar um advogado porque pretende entrar na Justiça contra o hospital de Petrolina.
Questionado pelo G1, o Hospital de Urgência e Traumas confirmou que o trabalhador procurou atendimento quando recebeu as facadas. O diretor técnico da unidade de saúde, o médico Paulo Saad, afirmou que o fragmento tinha três centímetros e que não são feitas cirurgias para retirar balas ou outros matérias se este não causar desconforto ou problemas ao paciente. Ainda segundo o médico, Cloves procurou o hospital antes de ser operado em Juazeiro, e que ele mesmo se recusou a fazer a cirurgia em Petrolina.
“Quando ele levou as facadas, o objetivo do tratamento foi salvar a vida dele. O fragmento da faca ficou encravado na musculatura lombar, que fica bem junto à coluna. Para que ele fosse achado e retirado, o estrago para retirar o fragmento é maior do que a lesão que pode causar parado naquele local”, disse Saad.
As informações são do G1