Mais uma tragédia na construção civil. Adailton Gonçalves dos Reis, 28 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (7) em uma obra localizada no Parque São João, na cidade de Itabuna, a 433 km de Salvador.
De acordo com nota publicada no Correio, o 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros (GBM/Itabuna), informou que estava cavando com mais sete homens um buraco para uma viga quando um barranco cedeu. Apenas Adailton ficou preso na fenda de 1,70 metros de profundidade. Os outros sete trabalhadores não ficaram feridos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Adailton não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. A Defesa Civil informou que a obra foi embargada pela Prefeitura após o ocorrido.
(Foto: divulgação)Acidentes de trabalho
O último caso divulgado aconteceu no dia 13 de abril. um operário morreu em um acidente com uma empilhadeira na cidade de São Sebastião do Passé, Região Metropolitana de Salvador. Francisco Vitor dos Santos Fraga, de 24 anos, trabalhava na empresa Isogama há seis anos, e morreu após a empilhadeira, que pesa 4 toneladas, tombar e cair em cima do seu corpo. O corpo do jovem foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e passará por perícia. A delegacia da cidade investigará o caso.
Já em Vitória da Conquista, no dia 10 de fereveiro, um operário morreu e outros dois ficaram feridos, depois do desabamento de um canteiro de obras. O acidente aconteceu quando os operários trabalhavam na construção, localizada no cruzamento das avenidas Serrinha e Brumado. Walter Alves Filho, 34 anos, e Aguinaldo Novais Costa, 49, ficaram feridos e Oswaldo Souza Farias, 41, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Policiais militares o compor de bombeiros realizaram o resgate das vítimas.
Balanço
O ano de 2011 teve um balanço negativo no número de acidentes registrados na construção civil. Segundo Erisvaldo Pereira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Bahia (Sintracom/Ba), os registros são alarmantes com relação ao ano passado. "Em 2010, ocorreram 108 acidentes com oito operários mortos, já este ano, 18 já morreram em 96 ocorrências", revelou Pereira.
Para o diretor, o número elevado de óbitos se deve "à falta de investimento em segurança do trabalho", afirmou. "Estamos fazendo campanhas desde agosto mas, os patrões não estão preocupados com o trabalhador e quem sofre com tudo isso são as famílias", concluiu.
