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Polícia Federal reforça ações no Rio

Publicado em 25/11/2010, às 20h50   Redaçã Bocão News e Agências



Depois da Marinha, é a vez da Polícia Federal (PF) entrar no apoio ao combate aos ataques de criminosos no Rio de Janeiro. Pelo menos foi o que anunciou na noite desta quinta-feira (25) o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. Segundo ele, 300 agentes da Polícia Federal darão apoio às ações de combate a criminosos na Região Metropolitana do Rio a partir de sexta-feira (26).

Conforme Beltrame, a polícia carioca vai contar com o reforço da PF nas ações mais complexas no processo de ocupação das favelas do Rio, como aconteceu nesta quinta-feira na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro.

O secretário disse que não há prazo para a ocupação das favelas pela polícia. Ele reafirmou a disposição do governo não se intimidar e anunciou que a polícia está lá na Vila Cruzeiro e não vai sair de lá.

Anunciou também a realização de outras ações estratégicas para o trabalho de repressão.  As informações foram dadas durante coletiva de imprensa na noite desta quinta, que reuniu, além de Beltrame, o chefe de Polícia Civil do Rio, Alan Turnowski, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, o superintende da Polícia Federal do Rio, Ângelo Gioia, e comandante da Marinha, Pedro Ernesto. 

Segundo o subchefe operacional da Polícia Civil dório, delegado Rodrigo Oliveira, a Vila Cruzeiro pertence ao estado. A ação de ocupação do local durou quatro horas. Ao descer do alto da favela, o delegado reconheceu a existência de uma rota de fuga para o Complexo do Alemão de difícil acesso, o que não impediu que a polícia dominasse a favela. Para ele, essa é a resposta que a sociedade precisava.

Balanço da violência - O saldo da violência que vem tomando contado Rio desde o último domingo já soma 72 veículos em ataques na Região Metropolitana do Rio. O número de mortos e feridos nos confrontos na Vila Cruzeiro ainda não foi contabilizado, mas já há 25 mortos, sendo dois no Jacarezinho, no subúrbio. No mesmo local, a Polícia Civil fez uma operação nesta quinta e confirmou outras sete mortes.

Entre presos e detidos desde domingo (21), há, segundo a PM, 188 pessoas. No balanço de quatro dias há ainda um ferido, três policiais militares feridos sem gravidade, 30 armas apreendidas (entre pistolas e revólveres), além de 11 fuzis, duas espingardas, uma submetralhadora 9 mm e seis granadas.

Também foi encontrado muito material combustível para incendiar carros e grande quantidade de drogas. Só na Favela da Chatuba, na Penha, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) apreendeu uma tonelada de maconha. 

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