Sem fiscalização, ambulantes mudam paisagem da Barra
Vendedores fazem a festa enquanto a SESP desaparece |
Publicado em 10/12/2012, às 08h57 Alessandro Isabel (Twitter: @alesandro)
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A cena é de feira livre, mas estamos em um dos mais importantes cartões postais do Brasil: o Farol da Barra. A gritaria é a mesma. O cheirinho do churrasquinho de frango com carne exala a praia e anima os banhistas.”Isso aqui é o paraíso. Quatro latinhas por R$ 5 e o espetinho saí por R$ 3. Tem coisa melhor?”, brinca um vendedor ambulante.
Porém, para o que pra uns é sinônimo de alegria, para outros é a certeza do descaso e abandono da cidade. “A Barra não é mais a mesma”, desabafa a turista paulista Marly Caldas. Pela quarta vez em Salvador, a empresária se mostra decepcionada com a ação dos vendedores no cartão postal da capital baiana. “Não tenho nada contra o trabalho digno dessas pessoas que não tem emprego formal, mas temos que observar a falta de organização e a sujeira que encontramos em um local tão especial quanto este”, lamenta.
As palavras de protesto não partem apenas dos turistas. Os soteropolitanos também desaprovam a invasão dos carrinhos de isopor, churrasqueiras e latinhas de cervejas na praia do Porto da Barra. Segundo Djalma Anselmo, morador do Cabula, a falta de fiscalização contribui para a ação dos vendedores. “É muito fácil você fazer o que quiser nessa cidade. Quem tem o poder de coibir essas irregularidades nas praias não fazem o seu papel. Então todos se acham no dever de fazer o que quiser, porque sabem que não vai acontecer nada”, indaga o técnico de segurança patrimonial.
A fiscalização deveria ser feita pela SESP - Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência. Mas, nenhum fiscal da secretaria foi encontrado pela reportagem do Bocão News na tarde deste domingo (09) na orla da Barra. O secretário Marcelo Abreu também não foi localizado para comentar o assunto que já vem sendo observado por este site.
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