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Até a tarde deste domingo (06), Centel registra 11 denúncias de incêndio

Imagem Até a tarde deste domingo (06), Centel registra 11 denúncias de incêndio
Corpo de Bombeiros trabalha em dificuldade e servidor denuncia perigo que população corre. Saiba mais  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/01/2013, às 13h25   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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Mata do Parque São Bartolomeu, em São Cristóvão; em vegetação próxima da CIA/Aeroporto; Monte Gordo, após a entrada de Guarajuba; em Mussurunga, no Setor G; Itinga, próximo ao Parque São Paulo; em Simões Filho, na Rua Maria Quitéria; em Narandiba, perto do hospital Roberto Santos; Pernambués, em Jardim Brasília; na Rua Velha de Pirajá; Na Bonocô, no sentido Iguatemi e em um depósito no Nordeste de Amaralina. Ufa! Esses foram os endereços onde houve denúncias de incêndio registrados pela Central de Polícia Centel até às 12h20 deste domingo (06).

Apurar 11 ocorrências de incêndios na capital de Salvador e Região Metropolitana é tarefa corriqueira para o Corpo de Bombeiros. Mas, de acordo com informações de D.M, da corporação do Iguatemi, a tarefa é ingrata. “O governo do estado não tem investido nada para a gente. Estamos precisando de no mínimo, mais três viaturas. Precisamos de suportes básicos e hoje não temos nem um efetivo adequado. Devíamos trabalhar em grupos de seis ou oito pessoas, mas só atendemos a população em no máximo cinco, contando com o motorista”, desabafa o bombeiro, que preferiu não se identificar. O servidor, que está na corporação há 21 anos, conta ainda que já chegou a ficar o dia inteiro na rua. “Teve uma sexta-feira que saímos com a viatura às 7h da manhã, paramos para almoçar, depois só voltamos para o quartel no dia seguinte. É incêndio direto!”, revela.

Os números das ocorrências pode até ser assustador. Mas segundo o bombeiro, a maioria das causas é intencional. “O ser humano é muito destrutivo. Nós queimamos lixo, jogamos ponta de cigarro no chão... Precisamos nos educar nesse sentido”, diz o trabalhador, que volta a reclamar da condição de sua classe. “Se pelo menos houvesse investimento, conseguiríamos prestar um serviço melhor. Tem projetos de lei na assembléia que ficam lá rolando e ninguém dá atenção. Trabalhamos muito precariamente”, afirma.

CPMF

No final do ano passado, o governador Jaques Wagner determinou o repasse da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) para o Corpo de Bombeiros da Bahia. A taxa chamada “Taxa de Incêndio” deve ser paga pelo cidadão. No entanto, como lembrou o colunista do Correio, Clécio Max, essa é uma tarefa que devia ser do Estado, citando a taxa cobrada para a Saúde, que “nunca saiu da UTI”.

Sem pestanejar, o bombeiro D.M lembra que o baiano corre perigo em casos de grandes acidentes. “Eu te digo hoje que se houver um incêndio de grandes proporções em um edifício, vai queimar tudo. Nossa situação precisa ser revista com urgência. Vem aí a Copa das Confederações, a Copa de 2014... Vai ser complicado se continuar assim”, avisa o trabalhador.

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