Greve: funcionários do Hospital Espanhol cruzam os braços
Crise financeira abala estruturas da tradicional unidade de saúde | Antônio Saturnino
Publicado em 07/02/2013, às 07h43 Alessandro Isabel (Twitter: @alessandroisabel)
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A crise das instituições filantrópicas de saúde chegou ao tradicional Hospital Espanhol, em Salvador. Após diversas denúncias do descontrole financeiro da unidade hospitalar, que culminou em atraso de salários, dívidas com fornecedores, leitos desativados, falta de medicamentos, e precária infraestrutura, os funcionários resolveram cruzar os braços na manhã desta quarta-feira (06), às vésperas do Carnaval.
Segundo o presidente do SindSaúde, Raimundo Teixeira, a greve é por tempo indeterminado e os serviços estão comprometidos. “A diretoria sinalizou que honrará os compromissos na próxima sexta-feira, até lá apenas 500 trabalhadores, dos 2400, estarão trabalhando”, explica Teixeira, que sinaliza a importância do atendimento para a população.
Os funcionários fizeram uma paralisação em frente ao Espanhol na manhã de hoje e a tempo estimado de atendimento supera a média, que já é alta. “Não existe estimativa. Infelizmente, o paciente que vier tentar atendimento na unidade vai sofrer as consequências do número reduzido de funcionários, mas será atendido”, garante Teixeira.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed-BA), Francisco Magalhães, a decisão da paralisação foi tomada em assembleia realizada no próprio hospital, no último dia 29 de janeiro, após diversas tentativas frustradas de buscar melhoria nas condições de trabalho.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o hospital negou atraso de salário. "Sobre a sua situação financeira, o Hospital Espanhol, assim como a quase totalidade das instituições filantrópicas de saúde do país, enfrenta um período de dificuldades. Ainda assim, a entidade comunica que até a presente data está com o pagamento de todos os salários em dia”.
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Antônio Saturnino
