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Incêndio em navio: 14 embarcações trabalham para conter mancha de óleo

Imagem Incêndio em navio: 14 embarcações trabalham para conter mancha de óleo
Inema faz avaliação de impactos ambientais  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/12/2013, às 11h01   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)


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Desde que um incêndio atingiu o navio Golden Miller - oriundo das Bahamas e de responsabilidade da Tankers Agência Marítima-, os órgãos ambientais e de responsabilidade do Porto de Aratu, local onde a embarcação está atracada, se posicionam e avaliam os impactos ambientais do óleo que se espalhou pelo mar.
As chamas - que começaram desde a noite do dia 17 - duraram por mais de 15h e na tarde de quarta-feira (18) equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha tentavam apagar o fogo. Na noite desta quinta-feira (19), o Instituto do Meio Ambiente - Inema, voltou a se pronunciar e afirmou que "a equipe do plantão de emergência se dirigiu ao local onde constatou que um dos tanques do navio Golden Miller, bandeira da Bahamas, estava em chamas. A operação de carregamento do navio era realizada pela empresa Tecmar, que foi contratada para exportar o gás propeno produzido pela Brasken. O propeno é um hidrocarboneto insaturado (alceno), sem coloração, tem odor suave, flutua e ferve na água, produz uma nuvem de vapor invisível e inflamável".

De acordo com o Inema, o risco eminente de explosão dificultou inicialmente as ações de combate ao incêndio que se propagou para outros tranques da embarcação. A equipe, formada por bombeiros e brigadas de combate a incêndios de algumas empresas do polo petroquímico de Camaçari, está utilizando 04 (quatro) rebocadores para resfriar a embarcação."No início da tarde de ontem (18), realizamos um sobrevoo na área e verificamos a ocorrência de derramamento de óleo que, apesar das barreiras dispostas, não foram suficientes para conter o óleo que se espalhou e se estendeu por toda a Baía de Aratu chegando a  Ilha de Maré (comunidade de Botelho) e a praia de Inema. Acredita-se que o óleo seja lubrificante e tenha sido vazado do compartimento dos compressores, mas somente após a análise, que está sendo realizado pela equipe de monitoramento do Inema, poderemos determinar qual é o tipo de produto existente na área", informou o Inema.

Segundo a Companhia das Docas do Estado da Bahia - CODEBA, a causa aparente do incidente seria uma falha no compressor da unidade de reliquefação do navio, que ocorreu durante o carregamento de gás que estava sendo bombeado, mas, oficialmente, a causa da explosão só será divulgada quando a Marinha concluir o inquérito que irá investigar o ocorrido. A equipe do Inema se reuniu hoje com representantes da CODEBA, IBAMA, MARINHA e empresas envolvidas no incidente para acompanhamento das ações contingenciais, e está adotando as medidas necessárias para avaliar e mitigar os impactos ambientais. 
Já o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari- Cofic, também voltou a se posicionar sobre o assunto e explicou, em nota, que foi estabelecida uma estratégia de contenção para proteção das praias na área de influência do Porto de Aratu, incluindo a implantação de seis quilômetros de barreiras para absorção do óleo. A operação envolve um total de 14 embarcações e uma equipe 60 técnicos especializados em proteção ambiental. "O trabalho de contenção e remediação está sendo realizado pelas empresas Hidroclean e Gaia Ambiental. Estão sendo realizados sobrevoos diários na área atingida com o objetivo de identificar os pontos afetados e atualizar a estratégia de atuação. 
De acordo com o Cofic, a mancha identificada na Baía de Aratu é composta de uma mistura de óleo combustível com óleo lubrificante leve. Seus efeitos no meio ambiente variam em intensidade, tipo e duração, de acordo com vários fatores entre os quais correntes marinhas predominantes, incidência solar e de ventos. "Adicionalmente a esse trabalho, a Cetrel, empresa de proteção ambiental do Polo de Camaçari, está fazendo o monitoramento da qualidade do ar da área e das comunidades do entorno de forma preventiva. Os resultados preliminares indicam que não há anormalidade na qualidade do ar", informou a nota.
O Bocão Newsesteve na região e conversou com moradores e trabalhadores daPublicada no dia 19 de dezembro de 2013, às  disseram à reportagem que sentem dor de cabeça, alergia e enjôo desde que o incidente aconteceu.





Publicada no dia 19 de dezembro de 2013, às 18h26

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