Geral

Anchieta acusa Metrópole de denunciar cálculo duvidoso por falta de anúncio

Imagem Anchieta acusa Metrópole de denunciar cálculo duvidoso por falta de anúncio
Grupo nega acusação  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/01/2014, às 10h42   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp

Depois de o Jornal da Metrópole demonstrar, nas suas edições de 10/1 e 17/1, a escolha de cálculos discutíveis por parte do Colégio Anchieta, a fim de alcançar o topo de um ranking que não existe -- o das melhores escolas soteropolitanas no Enem 2012 --, a instituição de ensino resolveu apelar para uma prática lamentável. Em carta enviada aos pais de alunos e publicada em seu site, o colégio acusa o Grupo Metrópole de fazer as denúncias por não ter recebido a campanha que propagandeia o suposto resultado -- o que, evidentemente, não é verdade. 
"Coincidentemente, a campanha publicitária veiculada amplamente pelo Colégio Anchieta não contemplou os veículos de comunicação do referido grupo, que vêm tentando denegrir a imagem do Colégio Anchieta, instituição esta altamente reconhecida pela seriedade e pela qualidade na educação", diz a nota.
A campanha publicitária do Anchieta se utiliza de uma brecha dada pelo Ministério da Educação (MEC), que desta vez não publicou um ranking oficial, e é resultado de um cálculo que jamais foi utilizado pelo órgão federal: a média aritmética das cinco provas que compõem o Enem. Este método foi historicamente rejeitado pelo MEC, uma vez que as provas objetivas são regidas por um método de avaliação -- a complexa Teoria de Resposta ao Item -- e a redação, por outro, baseado nas competências linguísticas do aluno. Enquanto o Ministério realizou o ranqueamento de escolas, esta fórmula jamais foi utilizada. 
Coincidentemente, usando o cálculo que o MEC popularizou em anos passados, que soma à redação a média das provas objetivas e divide o resultado por dois, o Anchieta não seria o primeiro colocado no Enem 2012 em Salvador.
Na edição do último dia 17, o Jornal da Metrópole mostrou o posicionamento do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) sobre o assunto. Segundo o Conar, há, sim, a possibilidade de ser aberto um processo contra os responsáveis pela campanha. No jornal de 10 de janeiro, o Procon-BA já havia afirmado que a prática do Anchieta pode ser punida. "Esse tipo de informação, com a intenção de mentir ou ludibriar o consumidor em relação a informações referentes à prestação de serviço, é considerado propaganda enganosa", declarou o órgão naquela oportunidade. 

*As informações são do Metro1

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp