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Quem planeja tem futuro. Quem não planeja tem destino

Publicado em 02/06/2011, às 11h04   Robson Wagner



Um aviso aos desavisados: a corrida eleitoral de 2012 já começou. E não basta sair na frente, é preciso chegar em primeiro. As peças já são movidas no tabuleiro, os cenários mudam dia a dia em razão da busca por espaço, dos factóides lançados, dos testes de aceitação, das pesquisas que já saíram a campo. A busca por recursos que viabilizem as candidaturas e banquem as futuras campanhas também segue a passos apressados. O processo eleitoral, definitivamente, não se inicia a partir do horário eleitoral gratuito ou de qualquer data definida pelo TSE. O problema é que na maioria dos casos essa é uma corrida atabalhoada, com risco de tropeços e de falta de fôlego para cruzar a linha final.

Há muito tempo que eleição não é um ato plebiscitário, de dizer sim ou não a alguém, ou de “escolher” seu candidato desde que seja aquele que o “coronel” indicou. Uma eleição hoje é muito mais complexa. A disputa pela decisão do eleitor inclui muito mais variáveis do que o respaldo de um cacique político ou de uma legenda partidária forte.

A disputa já está aí, mas, para muitos, uma campanha eleitoral ainda custa caro. E isso acontece porque falta planejamento. Com planejamento, quem está no poder e pretende reeleger-se ou fazer um sucessor, governa hoje plantando o que colherá em 2012. Fazendo isso de forma acertada, com investimentos precisos na comunicação de sua gestão, precisará de menos recursos para convencer a população de que sua obra merece continuidade, ou que seu legado precisará de um guardião.

Para quem está na oposição, o período pré-eleitoral também é fundamental para marcar lugar e pavimentar caminhos, evitando gastos maiores em 2012, com vistas a construir uma imagem competitiva. E vamos deixar claro: é possível fazer tudo isso sem ferir a legislação.

Um bom planejamento de marketing político e eleitoral se afasta cada vez mais de “achismos”, passando a ser baseado em números, dados e análises racionais. O palpite gratuito dá lugar a pesquisas pagas e feitas com critérios científicos. As campanhas não são mais do candidato; são de um grupo que conta com uma estrutura de marketing completa, responsável por transformar a campanha em um anseio da maioria da sociedade.

Quem pretende se candidatar em 2012 achando que marketing político é kit político com santinhos, cartazes e pichação de muros certamente fracassará nas urnas. O futuro das próximas eleições pertence a quem planeja bem. Aliás, o futuro, de um modo geral, será mesmo de quem tiver um bom planejamento para ele.

Robson Wagner é publicitário e especialista em comunicação na área pública 

Classificação Indicativa: Livre

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