Nesta terça-feira (22), houve nova reunião entre o secretário municipal da Saúde, Gilberto José, e representantes dos sindicatos dos médicos e dos socorristas do Serviço Móvel de Urgência (SAMU). O objetivo do encontro foi buscar acordo entre as partes para evitar a
greve do Samu anunciada para amanhã (23).
O secretário propôs reajuste salarial de 30% e também prometeu atender as reivindicações quanto à melhores condições de trabalho, pagamento de horas extras e contratação de novos profissionais para o quadro efetivo.
Entretanto - como explica o vice-presidente do Sindicato dos Médicos, Francisco Magalhães - a proposta não foi oficializada em documento, o que mantém o risco iminente de paralisação por tempo indeterminado. “Ele (Gilberto José) disse que não poderia dar uma posição definitiva antes de levar a pauta para Casa Civil. Além disso, existe uma divergência em relação ao concurso. A prefeitura quer ouvir o Ministério Público para realizar um novo processo seletivo. Nós, no entanto, queremos a efetivação do pessoal que já está conosco da mesma forma como aconteceu com os agentes de saúde e combate a endemias”, revelou.
Apesar da falta de consenso em pelo menos um item da pauta, Francisco Magalhães alerta que a decisão final será conhecida após assembleia geral da categoria, às 19h.
A grande questão é que, até o momento, a secretaria da Saúde não formalizou a proposta por escrito. “Isso é um problema. Assim, fica difícil dar um voto de confiança e a greve ganha força a cada instante”, observa o presidente do sindicato, José Caires.
Nesses termos, a equipe de Gilberto José tem pouco mais de uma hora para conseguir aval da Casa Civil, elaborar o documento oficial, imprimir e fazer com que ele chegue até as mãos do pessoal do Samu.