O número de imóveis desocupados atualmente no país pode abrigar a maioria da população sem teto, disse neste sábado (26), a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à moradia adequada e urbanista da Faculdade e Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) Raquel Rolnik.
De acordo com ela, há cerca de 5 milhões de unidades vazias, quase o número estimado do déficit habitacional, de 6 milhões de moradias. Neste caso, a construção de casas pode não ser um problema. O tema foi discutido ontem (26), na 3ª Jornada da Moradia Digna- O Impacto dos Megaprojetos e as Violações do Direito à Cidade, que prosseguirá até amanhã na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo.
O encontro reuniu durante todo o dia de hoje representantes das comunidades de baixa renda, líderes de movimentos sociais e de organizações não governamentais (ONGs) e da Defensoria Pública, com o objetivo é discutir a situação das famílias ameaçadas de despejo ou remoção por causa da preparação do país para sediar a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Para a relatora, falta um planejamento mais estruturado de atendimento às famílias de baixa renda, população que mais sofre com as desapropriações.
As informações são da Agencoia Brasil