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CNJ deve investigar juiz que nega status de religião à umbanda

Imagem CNJ deve investigar juiz que nega status de religião à umbanda
De acordo com ele, as características essenciais de uma religião seriam a existência de um texto base   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/05/2014, às 06h21   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Cerca de 100 seguidores das religiões de origem de matriz africana protestaram na Assembleia Legislativa do Rio, no Centro da cidade, contra o juiz Eugenio Rosa de Araújo, após a declaração deste de que “manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem como religião”. 
Por conta disso, líderes do movimento negro e parlamentares pedirão ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que investigue o juiz Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio. 
Eugenio Rosa alegou que para se configurar em religião, deve existir texto base, como o corão dos muçulmanos e a bíblia dos cristãos, além de dizer que a suposta ausência de hierarquia e de um Deus a ser venerado justificam sua tese. Com base nesses argumentos, o juiz rejeitou pedido do MPF (Ministério Público Federal) para obrigar o Youtube a tirar do ar uma série de vídeos com ofensas à umbanda e ao candomblé. 
A Procuradoria da República já recorreu da decisão. O deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro da Igualdade Racial, acusou o juiz de estimular o preconceito contra os cultos afro-brasileiros e defendeu que ele seja alvo de representação no CNJ.
Fonte: Folha

Publicada no dia 18 de maio de 2014, às 14h54

Classificação Indicativa: Livre

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