Geral
Publicado em 25/03/2024, às 16h04 Cadastrado por Beatriz Araújo
Considerado o principal evento anual das Nações Unidas (ONU) sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino, a 68ª Comissão sobre a Situação da Mulher, realizada na sede organização, em Nova York, foi palco para importantes discussões acerca da temática. Desta vez, representantes dos governos da Austrália, Islândia e México se revezaram para explicar de que forma têm destinado o dinheiro do orçamento público a programas e políticas públicas que priorizem as mulheres.
Por meio do painel “A igualdade de gênero como um imperativo econômico fundamental”, os participantes do evento trouxeram exemplos de estruturas e processos governamentais que podem contribuir para a igualdade de gênero nos diferentes países.
Um dos temas abordados durante a comissão foi o orçamento público. Por meio do debate, foi possível compreender como cidades, Estados e Governo Federal podem administrar os cofres públicos de modo a minimizar a desigualdade de gênero.
Desigualdades
Conforme apontado pelas autoridades, entre as desigualdades mais recorrentes estão a diferença salarial entre homens e mulheres que fazem atividades semelhantes; a dificuldade em acesso a crédito por parte de mulheres empreendedoras ou empréstimos a juros mais altos; dificuldade em acesso a serviços básicos, inclusão financeira e educação digital; vagas no mercado de trabalho formal; acesso à educação e assistência médica apropriada; participação política, entre outros.
Discussões
Embora esteja cada vez mais evidente entre as pautas sociais, a igualdade de gênero já vem sendo discutida há décadas. A exemplo disso, em 1979, durante a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW), a temática foi analisada como meio de fortalecer a economia e os direitos humanos básicos.
Paralelo a isso, surgem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que também estão associados à questão do gênero através do ODS 5 — “Igualdade de gênero”.
Segundo indica um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2022, a promoção de mulheres no mercado de trabalho pode acrescentar ao Produto Interno Bruto (PIB) mundial cerca de US$ 12 bilhões. Além disso, a participação feminina em espaços de poder pode aumentar a produção econômica em até 35% em alguns países.
Por outro lado, o relatório aponta que serão necessários, no mínimo, 151 anos para que as disparidades econômicas entre os gêneros sejam menores que as registradas no cenário atual.
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