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Combate à evasão de negros em universidades requer novas políticas

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Assunto sobre evasão foi discutido em roda de conversa no Museu do Amanhã  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Agência Brasil
Pietro Baddini

por Pietro Baddini

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Publicado em 17/07/2023, às 06h00


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A evasão de estudantes negros das universidades é um fator que indica a necessidade da formulação de novas políticas públicas que permitam a permanência desses alunos. Mesmo com o crescimento no número de estudantes afrodescendentes no nível superior da educação, em consequência da efetividade de ações afirmativas como a Lei de Cotas, essa população ainda enfrenta uma série de barreiras para a sua permanência nas universidades.


A despesa com transportes diante da distância do deslocamento entre o local de moradia e a unidade universitária também contribui para o abandono dos bancos escolares. Outro fator que atinge mães e pais estudantes é a falta de creches próximas dos locais de estudo para deixarem os seus filhos enquanto estão em aulas.


Essas foram algumas das conclusões da Roda de Conversa Bem Viver das Juventudes Negras: Trajetórias Coletivas nas Universidades, com a Oxfam Brasil, que debateu o contexto de estudantes negros do Rio de Janeiro tanto da graduação como da pós-graduação nas universidades. O encontro ocorreu neste sábado (15), no Museu do Amanhã, na região portuária do Rio.


Participaram da conversa a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UniRio (NEABI), professora Jane Santos; a estudante de pós-graduação Estefane Silva, que faz parte de coletivos de movimentos estudantis para a permanência de alunos negros nessa faixa de graduação, e a deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ), que atua na defesa de direitos humanos há mais de 12 anos com participação de movimentos sociais e proposição de políticas públicas no legislativo fluminense.


As dificuldades se estendem ainda aos efeitos da pandemia da covid-19. “A gente está em um cenário pós-pandemia de evasão muito grande dos universitários que passaram por ações afirmativas e são cotistas, por questão de precarização da vida mesmo. Entre fazer uma universidade, ter uma bolsa de estudos e seguir uma trajetória, muitos deles têm deixado a universidade para trabalhar para sobreviver e garantir o sustento da família”, apontou, em entrevista à Agência Brasil, a oficial de projetos da Oxfam Brasil e mediadora da roda de conversa, Bárbara Barboza (foto).


Como solução de parte dos problemas da evasão, o debate apontou ainda, segundo Bárbara Barboza, a implementação de uma busca ativa de estudantes e a visão integrada de políticas públicas.


A evasão de estudantes negros das universidades é um fator que indica a necessidade da formulação de novas políticas públicas que permitam a permanência desses alunos. Mesmo com o crescimento no número de estudantes afrodescendentes no nível superior da educação, em consequência da efetividade de ações afirmativas como a Lei de Cotas, essa população ainda enfrenta uma série de barreiras para a sua permanência nas universidades.


A despesa com transportes diante da distância do deslocamento entre o local de moradia e a unidade universitária também contribui para o abandono dos bancos escolares. Outro fator que atinge mães e pais estudantes é a falta de creches próximas dos locais de estudo para deixarem os seus filhos enquanto estão em aulas.


Essas foram algumas das conclusões da Roda de Conversa Bem Viver das Juventudes Negras: Trajetórias Coletivas nas Universidades, com a Oxfam Brasil, que debateu o contexto de estudantes negros do Rio de Janeiro tanto da graduação como da pós-graduação nas universidades. O encontro ocorreu neste sábado (15), no Museu do Amanhã, na região portuária do Rio.


Participaram da conversa a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UniRio (NEABI), professora Jane Santos; a estudante de pós-graduação Estefane Silva, que faz parte de coletivos de movimentos estudantis para a permanência de alunos negros nessa faixa de graduação, e a deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ), que atua na defesa de direitos humanos há mais de 12 anos com participação de movimentos sociais e proposição de políticas públicas no legislativo fluminense.


As dificuldades se estendem ainda aos efeitos da pandemia da covid-19. “A gente está em um cenário pós-pandemia de evasão muito grande dos universitários que passaram por ações afirmativas e são cotistas, por questão de precarização da vida mesmo. Entre fazer uma universidade, ter uma bolsa de estudos e seguir uma trajetória, muitos deles têm deixado a universidade para trabalhar para sobreviver e garantir o sustento da família”, apontou, em entrevista à Agência Brasil, a oficial de projetos da Oxfam Brasil e mediadora da roda de conversa, Bárbara Barboza (foto).


Como solução de parte dos problemas da evasão, o debate apontou ainda, segundo Bárbara Barboza, a implementação de uma busca ativa de estudantes e a visão integrada de políticas públicas.

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