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Em 2022, metade da população da Bahia era considerada pobre

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Em proporção, a Bahia tinha o 8º maior percentual de população na pobreza  |   Bnews - Divulgação Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 06/12/2023, às 14h07   Cadastrado por Bernardo Rego


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Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2022, metade da população da Bahia (50,5%) era considerada pobre e 1,8 milhão estavam na extrema pobreza.

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No ano passado, segundo o IBGE, a Bahia tinha o 2º maior contingente (7,6 milhões) e a 8ª maior proporção de população vivendo em situação de pobreza monetária (50,5%). Na capital baiana, foi registrada a segunda maior proporção de pessoas extremamente pobres, dentre as capitais (9,9% ou 289 mil, em números absolutos). Quase 4 em cada 10 moradores de Salvador (36,9% ou 1,075 milhão) viviam em situação de pobreza monetária.

A Bahia era, em 2022, o estado com maior participação das pessoas pretas ou pardas (71,5%) entre os 10% da população com maior rendimento domiciliar per capita. Ainda assim elas estavam sub-representadas nesse grupo, pois eram 81,2% da população total.

Em 2022, o aumento do valor correspondente às linhas de pobreza e extrema pobreza do Banco Mundial fez com que metade da população baiana (50,5%) passasse a ser considerada pobre e 1 em cada 10 pessoas no estado (11,9%) estivesse em condição

de pobreza extrema.

No ano passado, considerava-se pobre a pessoa cuja renda domiciliar per capita diária estivesse abaixo de US$ 6,85 em paridade de poder de compra (PPC). Isso correspondia, na Bahia, a um rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 637.


Em proporção, a Bahia tinha o 8º maior percentual de população na pobreza. Maranhão (56,7%), Amazonas (55,1%) e Alagoas (54,2%) tinham as maiores proporções de pessoas consideradas pobres. Por outro lado, Santa Catarina (12,8%), Rio Grande do Sul (16,8%) e Distrito Federal (17,1%) tinham os menores índices.


No Brasil como um todo, 67,703 milhões de pessoas (31,6% da população) estavam abaixo da linha de pobreza em 2022, que nacionalmente equivalia a um rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 636. Essa proporção também caiu, após ter chegado ao ponto mais alto da série histórica em 2021, quando havia sido de 36,7%.


Em 2022, a Bahia tinha o maior nº de pessoas extremamente pobres entre os estados (1,791 milhão); e Salvador, o 2º maior entre as capitais (289 mil). Em 2022, a Bahia também tinha uma liderança nacional na extrema pobreza monetária, com o maior número absoluto de pessoas nessa condição: 1,791 milhão. Isso significa que 11,9% da população do estado vivia com um rendimento domiciliar per capita mensal menor do que R$ 200 (equivalente a menos de U$ 2,15 por dia, em paridade de poder de compra).

A Bahia tem o 3º maior índice (22,2%) de população em extrema pobreza sem benefícios de programas sociais governamentais. Em 2022, mais da metade da população baiana abaixo da linha de pobreza (56,5%dos considerados pobres ou 4,290 milhões de pessoas) não recebia benefícios de programas sociais governamentais. A proporção era a 6ª maior entre os estados e estava acima da média nacional, que era de 35,4%. Houve, porém, recuo desse indicador frente a 2021, quando 60,7% das pessoas em condição de pobreza monetária não recebiam benefícios de programas sociais governamentais.

Classificação Indicativa: Livre

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