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Estudante é proibida de entrar em escola com filha pequena: 'Disse que criança atrapalha'

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Estudante afirma que não tinha quem cuidasse da filha, por isso a levou para a escola  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Nylo Monteiro/Rede Amazônica

Publicado em 30/11/2023, às 20h12   Cadastrado por Victória Valentina


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Uma estudante de 18 anos, que cursa o 3º ano do ensino médio da escola estadual América Sarmento Ribeiro, em Roraima, foi proibida de assistir aula após entrar na instituição com a filha dela, de 3. Segundo Maria Regina Pereira, a coordenadora disse que a criança "atrapalha" outros estudantes. As informações são do g1.

Ainda de acordo com a aluna, o caso teve início na segunda-feira (27), quando não tinha com quem deixar a filha, já que o namorado havia conseguido um emprego.

"Não tinha conseguido alguém para ficar com ela e resolvi levar ela para escola. Achei que não teria problema levar ela porque se eu der um caderno e um lápis para brincar ela se distrai mais fácil", disse.

Um dia depois, na terça-feira (27), a jovem levou a filha novamente para a escola, mas foi barrada na portaria. Ela disse ter explicado para a coordenadora que até quarta-feira teria alguém para cuidar da filha.

"Na conversa eu tinha entendido que eu poderia levar ela até quarta-feira que seria o dia que eu deixaria ela com alguém [...] Ela falou que eu tinha entendido errado e que era pra eu ficar em casa até quarta e só aparecer na quinta-feira para entregar meu seminário, só que falta reprova", contou. "Perguntei se ela iria me deixar todos esses dias sem assistir aula e ela falou que era irresponsabilidade minha que eu não tinha ninguém para ficar com ela", explicou.

Segundo a Secretaria de Educação e Desporto (Seed), a aluna não foi expulsa e que, por lei, não é permitida a presença de crianças pequenas em sala de aula.

"Ressalta ainda que a presença de crianças pequenas em sala de aula, especialmente durante períodos de avaliação, não é permitida, pois isso pode afetar o desempenho tanto dos pais quanto dos demais alunos, não podendo, por força de lei, assumir a responsabilidade pela permanência destas crianças no ambiente escolar", afirmou a secretaria.

A estudante teme ser prejudicada no fim do ano letivo por ter faltado as aulas. Ela retornou na quarta (29), quando conseguiu uma pessoa para cuidar da filha.

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