Geral
Para a gerente da área de meio ambiente e responsabilidade social da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Arlinda Negreiros, o Programa de Certificação ESG lançado nesta quinta-feira (23), pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é “é positivo para imagem da indústria da Bahia”. O evento que marcou o lançamento do certificado foi realizado na sede da Fieb, localizada no bairro do Stiep, em Salvador.
Em entrevista ao BNews, Arlinda considerou o programa como um marco da Bahia na agenda ESG. “É um marco neste momento em que nós estamos querendo consolidar a prática ESG, fomentar que as empresas tenham suas práticas considerando esses aspectos e que isso repercuta diretamente na melhoria de desempenho social”, elencou.
“É uma iniciativa que a Fieb está adotando e está convocando as empresas a aderirem. Nós vamos estar apoiando, esclarecendo as dúvidas, criando esse link entre a empresa e a ABNT para que a Bahia se destaque no cenário nacional e no cenário global”, afirmou a gerente de meio ambiente sobre o programa. “Isso vai ter uma repercussão muito interessante e vai ser muito positivo para a imagem da indústria do estado da Bahia”, garantiu.
Indústrias
De acordo com Arlinda, cada vez mais as indústrias da Bahia têm mostrado comprometimento com a agenda ESG. Nós já estamos na 14ª edição do Prêmio Indústria Baiana Sustentável, que vai ser realizada em dezembro, do. Então, são mais de 20 anos, eu particularmente à frente dessa iniciativa, que é uma comprovação de que muita coisa está sendo feita”, justificou.
“Esse prêmio é uma proposta que nós temos de fazer com que essas empresas exercitem a socialização dessas informações e mostrem efetivamente o que elas estão fazendo”, explicou uma das representantes da Fieb durante o evento.
A Jacobina Mineração (JMC), empresa com sede em Jacobina, no norte da Bahia, e que pertence ao grupo Yamana Gold, foi a primeira a receber o certificado ESG da ABNT. Atualmente, a mineradora opera com cinco minas de ouro subterrâneas, localizadas nos municípios de Canavieiras, João Belo, Morro do Cuscuz, Morro do Vento e Serra do Córrego.
Trabalho conjunto
Questionada pela reportagem sobre o pilar mais praticado da agenda ESG entre as indústrias baianas, na avaliação da Fieb, a gerente da área de meio ambiente e responsabilidade social informou que não existe esse indicativo, já que o trabalho ambiental, social e de governança se faz em conjunto.
“São três pilares que não podem ser trabalhados de forma desassociada e nem deve, porque quando a gente fala da questão da sustentabilidade, esses três pilares estão ali presentes e eles têm que ser analisados de forma integrada. A questão ambiental é uma questão de requisito legal, é preciso do cumprimento da legislação ambiental e que impacta diretamente numa melhoria de desempenho ambiental de forma regulatória, então esse pilar já está sendo trabalhado de forma mais intensiva dentro das organizações”, pontuou.
Sobre o pilar da responsabilidade social, Arlinda informou que é algo que vem evoluindo, sobretudo em razão da pressão da sociedade. “A gente percebe claramente a preocupação e que não é um discurso, é uma prática, verificar o que a comunidade no entorno necessita, é criar esse laço de colaboração, de inserção, também considerando dentro do ambiente do trabalho a competência e dando oportunidade para todos de forma igualitária”, disse.
Já o pilar da governança, conforme aponta Arlinda, vem sendo trabalhado desde lançamento da ISSO 14001, norma internacional que tem como objetivo principal especificar os requisitos para a implementação de um sistema de gestão ambiental.
“Historicamente já vem sendo reforçado desde que foi lançada a norma 14001, que é de sistema de gestão ambiental. Então, sempre se colocou na aplicação da norma que a liderança tem que ter um papel importante nesse fluxo porque se a liderança não internalizou e se não passa isso dentro do organograma da empresa, não acontece. Então, esse ESG com a governança fortemente enfatizada, traz o compromisso formal”, detalhou.
“É uma agregação de valores. É uma melhoria de todo esse processo de conscientização e que está ali comprometendo uma liderança para se engajar e para puxar a empresa neste sentido”, finalizou Arlinda.
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