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Publicado em 19/03/2022, às 09h57 Redação BNews
Quase um mês depois de um acidente doméstico, a jovem de 21 anos, Maria Luísa Rangel, descobriu que ficou com um caco de vidro de cerca de 5 cm nas costas. Segundo o G1, o acidente aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Na publicação, a mãe de Maria, Jamile Rangel da Silva, afirmou que houve negligência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a filha foi atendida a primeira vez após o acidente.
Ainda conforme relatos, a jovem teria se machucado após cair em cima de uma mesa de vidro no dia 26 de fevereiro. Na ocasião, Maria Luísa caiu de um telhado na casa de uma amiga e foi levada para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia.
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Porém, segundo a mãe, na UPA, o médico não solicitou que a jovem fizesse exame de raio-x e também não foi feita nenhuma receita médica com remédios. "Ela tomou 28 pontos, mas ainda sim estava sentindo muito desconforto. Fui na UPA e solicitei o prontuário, para fazer uma denúncia, mas foi negado. Disse que chamaria a polícia e só assim me passaram o nome do médico", afirma.
Todavia, depois de cinco dias, começou a sair uma secreção dos pontos da jovem e a mãe levou Maria no Hospital Irmã Dulce. Mas, no local, foi informado que aquilo era normal e a profissional de saúde que atendeu Maria também não identificou que ela estava com um vidro alojado nas costas.
No dia 9 de março, a jovem retirou os pontos e retornou a rotina de trabalho. Mas, na última segunda-feira (14), Jamile precisou ir até São Paulo para uma reunião de trabalho e levou a jovem até um pronto atendimento, já que a filha sentia dor constante mesmo após os atendimentos que recebeu.
No pronto atendimento de São Paulo, a médica cirurgiã encontrou um pedaço de vidro de 5 cm alojado nas costas da menina, solicitou a internação e que fosse realizado o procedimento para retirada do objeto, que foi realizado na madrugada de terça-feira (15), após a jovem ser transferida a outro hospital.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que a UPA Samambaia é gerenciada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). A administração municipal também informa que a Secretaria de Saúde (Sesap) está abrindo um processo administrativo para apurar o caso e tomar todas as providências cabíveis.
Questionada, a SPDM informou que, com relação ao atendimento na UPA Samambaia, a paciente foi examinada, recebeu os cuidados médicos e em seguida teve alta. Já com relação ao atendimento no Hospital Irmã Dulce, a Associação afirma que a paciente deu entrada na unidade, foi examinada e recebeu tratamento de acordo com as necessidades clínicas.
A direção do hospital informa que está à disposição da família para eventuais dúvidas em relação a conduta médica.
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