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Moradores de São Cristóvão sofrem com falta de água há mais de três meses

Divulgação / Cesan
Moradores alegam que já tem cinco meses sofrendo com a falta de água todos os dias  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Cesan

Publicado em 09/08/2022, às 05h50   Emilly Giffone


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Os moradores do bairro de São Cristóvão, em Salvador, relatam que sofrem há mais de três meses com a falta de água diariamente na região. A população alega que entre às 6h30 e 19h não consegue fazer o consumo e isso ocorre todos os dias. Recentemente, o BNews denunciou a situação da rua 6ª Travessa Santo Agostinho, mas a situação tem percorrido todo o bairro. 

A auxiliar do lar, Daniela Santos, moradora da rua Oeste 3, no Parque São Cristóvão, relatou que há aproximadamente cinco meses a água falta todos os dias. Ela e muitos outros moradores precisam encher baldes para conseguir manter os cuidados de higiene pessoal e do lar. 

“A água chega tarde e vai embora cedo, a gente tem que ficar enchendo o balde, carregando água. Aí, eu mesmo, saio 5 da manhã para trabalhar, chego tarde e tenho que ficar esperando a água chegar para fazer as coisas em casa”, relatou Daniela. 

Ela também fala sobre a dificuldade que enfrenta durante os finais de semana, devido a sua segunda renda, já que precisa ter água nas torneiras para fazer comida. “Eu sou empregada doméstica e nos finais de semana eu entrego quentinha, então essa falta de água está me complicando muito. Não só pelo fato do meu trabalho, mas pelas coisas a fazer em casa. O tanque também não enche.”, desabafou.

Um portal comunitário do bairro fez contato com a Embasa no mês de julho, solicitando  uma resposta e passou oito CEPs que estão sem o abastecimento diariamente. Mas a única resposta enviada pela Assessoria de Comunicação (Ascom) do órgão foi que os titulares das matrículas dos imóveis sem abastecimento deveriam ligar para comunicar a falta de água.

“Oi. Boa tarde. Os titulares das matrículas dos imóveis que estão sem abastecimento devem entrar na Agência Virtual da Embasa e fazer a reclamação de falta de água. Para abrir o protocolo, é necessário informar a matrícula da ligação de água”, respondeu a Ascom.

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Reprodução / Embasa

A dona de casa, Lais Silva, também relata o quanto é difícil lidar com a falta de abastecimento, principalmente pelo fato de ter uma filha de seis anos que vai cedo para a escola, e no turno oposto faz outras atividades. 

“É difícil viver com isso há meses, não dá pra lavar prato direito, a roupa fica, às vezes, a semana inteira sem lavar, não tenho tanque em casa. E ainda tem minha filha que tem 6 anos, precisa dos cuidados né, estuda pela manhã, tem banca pela tarde. Tenho que ficar enchendo baldes e mais baldes todos os dias. Fora o covid que ainda não acabou, aí nesse caso faz como pra se limpar quando volta da rua? Nós estamos sofrendo.”, desabafa Lais. 

Ela completou dizendo que não faz mais contato com a Embasa, pois a resposta é sempre a mesma. “Eu nem ligo mais para Embasa porque eles sempre dizem que vão averiguar, mas nunca vejo nenhum chegar aqui. Será que em um bairro tão grande como esse, com tanta gente sem água, ninguém liga pra reclamar ou porque é bairro de pobre eles não resolvem?”, questionou a dona de casa.

Em contato com a reportagem do Bnews, a Assessoria da Embasa diz que o problema em questão foi causado por um vazamento, mas que o serviço seria normalizado nesta segunda-feira (08). "A Embasa está corrigindo um vazamento que baixou a pressão na rede distribuidora que atende essas ruas. O serviço será concluído hoje (8) e a pressão na rede será monitorada para verificar se existem outros vazamentos que estejam afetando a distribuição de água”.

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