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Pastor é confundido nas redes sociais com suspeito de estupro e recebe ameaças: "safado"

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Semelhança física entre os dois fez com que pastor recebesse ameaças na internet  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 11/08/2023, às 07h35



Após a Polícia Civil de Goiás divulgar a imagem de José Inaldo Rodrigues dos Santos, 52 anos, acusado de estupro de vulnerável, na Cidade Ocidental-GO, o pastor e vigilante Elielton Batista Nascimento, de 43 anos, passou a receber ameaças nas redes sociais devido à semelhança com o suspeito. As informações são do site Metrópoles.

Em entrevista ao site, Elielton relatou que estava em casa, na última segunda-feira (7), quando a enteada chegou ao endereço e lhe pediu para não sair, pois haviam divulgado a foto de um criminoso parecido com ele.

“Disseram que as pessoas estavam nos confundindo, devido à aparência. Realmente, eu me assustei quando vi a imagem do José Inaldo. Muitos amigos da igreja comentaram que receberam mensagens com ameaças voltadas a mim e pediram que eu me resguardasse”, contou Elielton.

Com medo de ir para a rua e sofrer ataques, o pastor se antecipou e compartilhou um áudio em grupos de WhatsApp para explicar a situação. “Me chamavam de pastor safado, e, ouvindo isso, meus amigos me informavam, para eu tomar cuidado, para não sofrer agressão física”, relatou.

“Procurei a delegacia para registrar as ameaças que recebi. De fato, temos muita semelhança na aparência. Ele é mais velho do que eu, mas somos muito parecidos. De toda maneira, eu não o conheço. Não temos parentesco algum”, completou Elielton.

“A polícia prendeu o José Inaldo em 29 de julho. A imagem dele começou a circular em 7 de agosto, quando os policiais pediram ajuda para identificar possíveis novas vítimas [do acusado de estupror]”, disse.

Desde o ocorrido, o pastor teme que a população queira “fazer justiça com as próprias mãos”. “Graças a Deus, nada ocorreu comigo. Eu soube da situação antes que o pior acontecesse e me antecipei para esclarecer que eu não tinha a mesma identidade do homem preso por estupro. Não cometi qualquer crime. Como pode um homem da igreja cometer uma monstruosidade como essa?”, finalizou o vigilante.

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