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Perfil no Instagram sugere medida extrema contra empresas do RS envolvidas com trabalho análogo à escravidão; veja qual

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Denúncias contra empresas do RS envolvidas com trabalho análogo à escravidão vieram à tona há alguns dias  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PRF

Publicado em 05/03/2023, às 14h32 - Atualizado às 14h43   Cadastrado por Yuri Abreu


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Um perfil no Instagram sugeriu uma medida extrema contra as empresas do Rio Grande do Sul envolvidas em denúncias de trabalho análogo à escravidão e que vieram à tona há alguns dias e chocaram todo o país.

Ao todo, 207 trabalhadores baianos resgatados em situação semelhante à escravidão em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, na noite de 24 de fevereiro.

As denúncias incluem jornadas de trabalho que passavam de 15h por dia, alimentação estragada, choque, tortura, condições insalubres no alojamento entre outras. Com a promessa de receber R$ 4 mil, as vítimas acabavam ficando reféns dos contratantes que exigiam deles o pagamento até de itens básicos.

O grupo de trabalhadores baianos chegou à Bahia na última segunda-feira (27), quando foram serão recepcionados na cidade de Feira de Santana, no centro-norte do estado, de onde seguiram para os seus destinos finais.

Neste domingo (5), através do Instagram, o perfil "Muito Gourmet", voltado para gastronomia, cultura e turismo no estado, convocou o Sindicato dos Supermercados e Atacados de Autosserviço do Estado da Bahia (Sindsuper Bahia) e algumas redes como HiperIdeal, RedeMix, Atakarejo e Assaí para boicotar os produtos oriundos das vinícolas gaúchas Salton, Aurora e Garibaldi.

Em carta aberta, o grupo relembrou os fatos vividos pelos trabalhadores baianos como, além da extensa jornada de trabalho, as dívidas sempre crescentes contraídas por eles de forma que não tivessem como se desvincular do trabalho. Isso sem contar as torturas sofridas com os choques elétricos.

"As empresas envolvidas direta e indiretamente na contratação dessas pessoas querem chegar às prateleiras do varejo de toda a Bahia e depois entrar na casa das pessoas do Estado mesmo após terem tratado seres humanos - principalmente baianos - de forma degradante e em condições análogas ao regime escravista", diz um trecho da carta.

Na sequência, ele pede que a rede varejista de supermercados da Bahia tomem alguma posição com relação a questão. "Os grandes, pequenos e médios supermercados podem e devem deixar de efetuar compras das marcas envolvidas na cadeia produtiva cujos trabalhadores baianos atuavam em condições análogas de escravos. Podem e devem, também, devolver todos os produtos, retirando-ps das prateleiras e remetendo aos produtores", pontua.

O texto ainda cita que a atitude já foi tomada por uma importante rede de supermercados no Rio de Janeiro, que devolveu todos os produtos do estoque das vinícolas sob suspeita.

"Convocamos a todas as pessoas jurídicas e físicas, mas igualmente detentoras de um grande poder, para que se mobilizem e recusem os vinhos, sucos e espumantes produzidos pelas vinícolas Aurora, Garibaldo e Salton", finaliza a carta.

Classificação Indicativa: Livre

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