Infraestrutura

JH volta a defender inauguração da linha 1 do metrô

Gilberto Júnior
Prefeito contraria interesses dos governos estadual e federal  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior

Publicado em 17/04/2012, às 09h37   Guilherme Vasconcelos



Contrariando os interesses do Governo Federal e do Governo do Estado, o prefeito de Salvador, João Henrique, voltou a defender na tarde desta segunda-feira (16), durante palestra realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), a inauguração dos 6 km da linha 1 (Lapa/Pirajá) do metrô antes da conclusão das obras da linha 2 (Lauro de Freitas/Acesso Norte). Há 12 anos em construção, estima-se que a obra tenha consumido mais de R$ 700 milhões dos cofres públicos.

“É um assunto superado. É um pecado deixar o metrô enferrujando em uma cidade que tem uma maresia terrível. Todas as estações estão prontas. Uma obra parada sai muito mais cara do que uma em andamento”, afirmou.

O chefe do executivo municipal refutou a tese de que o metrô seria financeiramente inviável com o tamanho atual, como alegaram na semana passada o governador Jaques Wagner a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e negou que a prefeitura não tenha recursos para subsidiar o serviço. Ele citou os exemplos de São Paulo e Rio de Janeiro para justificar o funcionamento do primeiro trecho do metrô nos próximos meses. “São Paulo inaugurou o metrô em 1974 com 7 km e só funcionava das 10h às 15h da tarde. O Rio de Janeiro inaugurou em 1979, com 4,5 km. É assim que se começa o metrô em qualquer lugar do mundo”, argumentou.


Apesar do tamanho reduzido do percurso, João Henrique garantiu que haverá demanda suficiente para, junto com os subsídios da Prefeitura, custear o serviço. De acordo com ele, a rapidez e o conforto do metrô serão grandes atrativos para a população. “Eu entrei no metrô na Estação da Lapa e em 6 minutos eu estava na Rótula do Abacaxi, com ar condicionado, som ambiente. A depender da hora e do dia, de carro você não leva menos de 40 minutos. Quem é que vai deixar de fazer esse trajeto em 6 minutos para fazer em 40? Como é que não tem demanda?”, questionou.

Novas avenidas – No evento, destinado a apresentar soluções para a mobilidade urbana da cidade, a prefeitura anunciou que está trabalhando no projeto de duas vias expressas que, se tiradas do papel, podem, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano , Habitação e Meio Ambiente (Sedham), Paulo Damasceno, solucionar a lentidão do trânsito na Avenida Paralela. Ambas seriam paralelas à Avenida Luiz Viana Filho (Paralela).



A menor delas, denominada Avenida Atlântica, com 14,5 km de extensão, e orçada em R$ 800 milhões, seria dividida em dois trechos, que ligariam a avenida Luiz Eduardo Magalhães à avenida Dorival Caymmi, passando pelo Parque de Pituaçu e Vale Encantado. “O traçado definitivo já está pronto. Está em fase de conclusão do projeto executivo”, informou o secretário.

A outra, batizada de Linha Viva, com 18 km de extensão de pista dupla, conectaria a Rótula do Abacaxi ao Aeroporto.  A previsão da Prefeitura é de que até julho seja realizada a licitação para as obras da Linha Viva, com valor previsto em cerca de R$ 823 milhões.


Foto: Gilberto Júnior // Bocão News
Nota originalmente publicada às 21h37


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