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Ilhéus: após Câmara ser alvo de operação, presidente afirma que sua gestão é transparente 

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Ação desarticula grupo criminoso que atuava na Casa Legislativa; ex-presidentes estão foragidos  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 15/05/2019, às 12h05   Adelia Felix


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Após o Ministério Público da Bahia (MP-BA) desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara de Ilhéus, no sul da Bahia, o presidente da Casa Legislativa, César Porto (PDT), afirmou que sua gestão é “transparente”. A Operação Xavier foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (15).

A ação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão após investigações que apontaram fraude em licitações e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados entre os anos de 2011 e 2018.

“A atual gestão da Câmara Municipal de Ilhéus esclarece que tem colaborado, nos limites da sua competência, com os requerimentos realizados pelo Ministério Público do Estado da Bahia até esta data”, disse o presidente por meio de nota.

Segundo o vereador, todas as recomendações feitas pelo MP-BA e pela 1ª Vara Crime de Ilhéus estão sendo observadas pela atual gestão, “para evitar a reprodução e perpetuação de supostos crimes, assim como para oportunizar uma gestão transparente com a devida publicidade dos atos administrativos, especialmente aqueles relacionados aos processos de licitação e dispensa de licitação”.

O presidente afirmou também que está à disposição da sociedade ilheense e das autoridades para prestar qualquer outro esclarecimento e informação, desde que no âmbito da competência respectiva.

Nesta manhã, foram presos o secretário de Agricultura e Pesca Valmir Freitas do Nascimento, e dois empresários, Cleomir Primo Santana e Aêdo Laranjeiras de Santana. Dois ex-presidentes da Câmara, os vereadores Tarcísio Paixão e Lukas Paiva, são procurados. Além deles, também são considerados foragidos um servidor da Casa e um empresário, cujos nomes não foram revelados. Foram afastados um vereador e sete servidores da Câmara. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ilhéus. Também foram apreendidos documentos e objetos, como celulares e computadores. Os presos serão ouvidos pelo Ministério Público e encaminhados pela PRF à delegacia local.

Denominada Operação Xavier, a ação é uma continuidade de investigações de esquemas fraudulentos identificados pela Operação Citrus, que revelou esquemas de corrupção praticados por agentes públicos com o apoio de empresas de assessoria contábil e de licitações, contratadas para maquiar documentalmente a prática dos diversos ilícitos.

Segundo o MP-BA, a ação se desenvolveu com o efetivo operacional da PRF, que reforça o estado baiano na Operação Lábaro 2019, para potencializar o enfrentamento qualificado ao crime organizado, atuando nas divisas dos estados e nas regiões e corredores estratégicos, em consonância com conhecimentos de inteligência policial e de análise criminal.

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