Justiça

Médica acusada de atropelar e matar professora de balé na Pituba muda de advogado antes de ir a julgamento

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Rute Nunes contratou os advogados Sérgio e Thales Habib; família da vítima preferiu não se manifestar   |   Bnews - Divulgação Reprodução // Divulgação

Publicado em 09/10/2018, às 13h55   Rafael Albuquerque


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A médica Rute Nunes Oliveira Queiróz, 49 anos, acusada de ter provocado o acidente que matou a professora de balé Geovanna Alves Lemos, 41 anos, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, no bairro da Pituba, em Salvador, vai a julgamento em 7 de fevereiro de 2019. A médica foi denunciada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela morte, em 15 de março deste ano. O MP recebeu em maio deste ano o inquérito que indiciou a médica por homicídio culposo. A documentação foi produzida pela 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba).
Procurada pela reportagem, a família da vítima preferiu não manifestar nesse momento. O advogado de acusação, Hermano Gottschall, explicou o motivo pelo qual a médica não irá a júri popular: “chegou-se à conclusão de que o caso se enquadra na modalidade culposa e não dolosa”. O advogado também confirmou que a família prefere não conceder entrevistas no momento.
A acusada também não quer se pronunciar, mas o BNews recebeu a informação de que Rute Nunes trocou sua banca de defesa. Quem assumiu a defesa da médica foram os criminalistas Sérgio Habib e Thales Habib.
Procurado pelo BNews, Sérgio Habib explicou a estratégia da defesa: “ingressamos com embargos contra a decisão do magistrado que recebeu a denúncia contra a médica sob alegação de que o fato foi involuntário, consistindo num trágico é lamentável acidente em que a médica não teve culpa”. Ainda de acordo com Habib, a inocência de sua cliente “será provada durante a instrução criminal por meio de testemunhas e laudo médico”.
Entenda o caso:
A professora de balé, Geovanna Alves Lemos, 41 anos, morreu após a moto em que ela estava ter sido atingida pelo carro, um Kia Sportage, que estava sendo dirigido pela médica Rute Nunes Oliveira Queiroz, 49 anos. O acidente aconteceu na Avenida Antônio Carlos Magalhães, em 15 de março deste ano, no momento em que o carro atravessou o canteiro central da via, próximo a posto de gasolina e atingiu a moto, que estava no sentido contrário.
Geovanna era carona na motocicleta, estava a caminho do trabalho e não resistiu ao impacto da colisão. Já o motociclista ficou ferido, foi atendido no local e em seguida encaminhado para 16ª Delegacia de Polícia, na Pituba.
A médica foi autuada em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No dia do acidente, ela foi encaminhada também para a 16ª DT e, após realizar exames de corpo de delito, toxicológico e pagar uma fiança de R$ 4 mil, ela foi liberada.

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