Justiça

Palocci diz que PT recebeu mais de R$ 270 milhões em propina para campanhas eleitorais

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O ex-ministro cita os principais negócios corruptos que aconteceram durante os governos petistas entre 2002 e 2014  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 14/08/2019, às 18h42   Redação BNews


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O ex-ministro Antônio Palocci contou que o Partido dos Trabalhadores (PT) recebeu R$ 270,5 milhões em propinas para pagar campanhas eleitorais. A informação, obtida durante delação à Lava Jato, foi divulgada pela revista Veja. 

Palocci cita os principais negócios corruptos que aconteceram durante os governos petistas entre 2002 e 2014. A delação, que tem 23 anexos, foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. 

No depoimento, o ex-ministro aponta a participação de 12 políticos em esquemas relacionados ao partido, como Lula, Dilma Rousseff, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, e o filho caçula de Lula, Luis Cláudio. 

Palocci falou que os empresários procuraram diversas vezes o PT para bancar as candidaturas à eleição e reeleição de Lula e Dilma. Como contrapartida, os políticos davam crédito no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), menor tributação para setores específicos e, em conjunto com a base do governo, apoiavam medidas que tramitavam no Congresso.

Somente do ditador líbio Muamar Kadafi, Lula teria recebido 1 milhão de dólares (R$ 3,5 milhões na época). O valor teria sido utilizado na campanha à Presidência da República do petista em 2002.

Já o filho caçula do ex-presidente teria obtido vantagens junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar, após a Qualicorp e a Touchdown, que pertence a Luis Cláudio, pagarem propina ao PT. A assessoria de imprensa da Qualicorp informou que “jamais transgrediu a lei”.

“A Qualicorp é uma companhia de capital aberto, com milhares de acionistas nacionais e internacionais, e todos os seus contratos são auditados por empresas renomadas. Sua atividade é exclusivamente privada e depende da contratação voluntária de cada cliente de plano de saúde. A empresa nunca pleiteou ou obteve qualquer tipo de benefício público e jamais transgrediu a lei. A companhia não comentará supostas acusações do ex-ministro, que foram rejeitadas pelo Ministério Público Federal por ausência de base fática”, disse a empresa à Jovem Pan.

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