Justiça
Publicado em 14/10/2019, às 07h50 Yasmin Garrido
O juiz Vallisney de Souza, da 10º da Seção Judiciária do Distrito Federal, em Brasília, decidiu desmembrar a ação penal oriunda da Operação Cui Bono, que investiga políticos e autoridades acusados fraudes em operações da Caixa Econômica Federal, entre eles o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ex-deputado Eduardo Cunha e o empresário Marcos Molina.
Com a decisão, o executivo dono da Marfrig, por ser colaborador junto ao Ministério Público Federal (MPF), vai responder sozinho a uma ação penal. Os demais réus permanecem em conjunto na ação que já tramita da Justiça Federal.
A defesa de Marcos Molina solicitou o desmembramento em razão da impetração de habeas corpus em nome dele. “Solicita-se medida liminar para, exclusivamente com relação ao Paciente, sobrestar o andamento da ação penal, inclusive a audiência de instrução do feito, até o julgamento definitivo deste habeas corpus”, escreveu os advogados.
“Sendo a decisão judicial limitada pelo pedido, somente em relação a este acusado houve o sobrestamento do feito, principalmente porque não ocorreu expressa extensão dos efeitos da decisão em favor dos demais acusados”, escreveu Vallisney de Souza.
O juiz também determinou que Molina vai ser ouvido como testemunha na ação penal decorrente da Cui Bono, após o depoimento da acusação, que acontece no 27 de novembro, às 10h. Neste dia, Vallisney também deferiu o pedido de escolta de Eduardo Cunha, além do uso de trajes civis pelo ex-deputado.
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