Justiça

R$ 51 milhões: STF decide sobre proibição de venda de unidades do Costa España

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Ex-ministro Geddel Vieira Lima é sócio do empreendimento ao lado da Ondina Lodge  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/01/2020, às 09h32   Yasmin Garrido


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O Supremo Tribunal Federal (STF) colocou concluso à vice-presidência a ação penal que trata da indisponibilidade de unidades do empreendimento imobiliário Costa España, no bairro da Barra, em Salvador.

De acordo com o processo, ficam proibidos de venda os apartamentos pertencentes à quota parte do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que divide com a Ondina Lodge a propriedade do bem.

A proteção judicial aos bens acontece em uma petição atrelada à ação penal que condenou o emedebista e o irmão dele, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, à pena de reclusão em razão dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento de Salvador. 

Na petição, a Ondina Lodge empreendimentos, que tem como um dos sócios Luiz Fernando Machado da Costa Filho, inocentado no caso do bunker, afirmou “que a medida [proibição de venda] se limite a restringir a utilização dos recursos oriundos das novas vendas à satisfação de dívidas vinculadas ao empreendimento”.

Em despacho mais recente, assinado pelo ministro Edson Fachin, ficou decidido que apenas duas unidades (502-A e 704-B) estão proibidas de venda, para salvaguardar a reparação dos danos causados ao erário.

“Nesse raciocínio, as unidades imobiliárias supramencionadas devem seguir a mesma sorte das unidades não destacadas que compõem a participação da COSBAT no empreendimento Costa España e devem ser bloqueadas, sobretudo porque não se tem notícia oficial da comercialização de tais bens imóveis a terceiros de boa-fé”, escreveu o ministro.

Com o processo concluso desde o dia 24 de janeiro, a decisão final deve acontecer ainda no primeiro semestre deste ano. Além do Costa España, Geddel e a mãe dele, Marluce Vieira Lima, eram sócios de outros seis edifícios de luxo na capital baiana: La Vue (objeto de briga judicial), Riviera Ipiranga, Solar Ipiranga, Morro Ipiranga, Mansão Grazia e Garibaldi Tower.

Em três desses edifícios de luxo (Morro Ipiranga, Mansão Grazia e Garibaldi Tower), além da Cosbat, de Luiz Fernando, também consta entre os sócios a empresa "Vespasiano Empreendimentos", que tem como donos Marluce Vieira Lima, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, além da mulher dele, Patrícia Coelho Vieira Lima.

Na quinta-feira (7), o ministro Edson Fachin determinou a indisponibilidade de parte desses edifícios no valor de R$ 13 milhões alegando indícios de lavagem de dinheiro. O valor é referente a todos os repasses feitos pelas empresas de Lúcio e Geddel para os empreendimentos da Cosbat.

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