Justiça

Faroeste: Advogado paga mais de R$ 2 milhões e entrega 3 carros em troca de acordo com a Justiça

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Delação de Júlio César foi a primeira homologada pelo STJ e compromete desembargadores do TJ-BA  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 02/07/2020, às 12h14   Yasmin Garrido


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O advogado e ex-servidor do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Júlio César Cavalcanti Ferreira, um dos presos na Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças, decidiu que não iria ficar calado e "trocou" a redução da pena de prisão por quase R$ 2,3 milhões, além de três carros e uma motocicleta importada. O por quê? Ele foi o primeiro a firmar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e já homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em razão da confissão dos crimes por meio de colaboração premiada, ele vai cumprir seis meses de prisão em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Após isso, vai passar mais dois anos e seis meses no regime semiaberto e cinco anos em prisão domiciliar.

A delação fez com que o ex-servidor não fosse julgado na ação penal que investiga os crimes e que tornou réus desembargadores e juízes do TJ-BA, além de empresários, que interferiram em resultados de julgamentos em processos de disputa de terras no oeste baiano.

Além da quantia, o STJ também tomou como compensação dos crimes quatro veículos de propriedade do advogado, um Cerato, um Corolla, uma BMW 535i e uma moto Harley Davidson. Segundo o magistrado, todos os recursos serão destinados ao Ministério da Saúde, mais especificamente ao Fundo Nacional de Saúde, para as ações de combate da Covid-19 no país.

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