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Falso cônsul da Guiné-Bissau é denunciado e sofre novo pedido de prisão preventiva

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Maturino foi acusado de pagar propina para uma faxineira furtar um processo disciplinar contra um juiz  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 26/10/2020, às 09h20   Redação BNews


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O falso cônsul da Guiné-Bissau Adailton Maturino, acusado de ser o mentor do esquema de grilagem e venda de sentenças desmontado pela Operação Faroeste no Tribunal de Justiça da Baha (TJ-Ba), foi denunciado Ministério Público do Piauí (MP-PI), que solicitou nova prisão preventiva de Maturino por furto de um processo no TJ do Piauí. Informações foram publicadas pela coluna Satélite, do Jornal Correio*.

Maturino foi acusado de pagar propina para uma faxineira que prestava serviços na Corregedoria Geral de Justiça daquele estado, em troca do furto de um processo disciplinar movido contra o juiz piauiense José Ramos Filho, que tramitava na 2ª Vara Cível de Teresina. O magistrado é  apontado como homem de confiança do falso cônsul da Guiné-Bissau e suspeito de transferir fraudulentamente imóveis e terras para integrantes do grupo liderado por ele.

No pedido de prisão, encaminhado à Justiça do Piauí pelo MP no dia dois de outubro, o órgão acusa Maturino de ter descumprido medidas cautelares imposta a ele como condição para sua soltura, há quase seis anos. Entre elas, usar tonozeleira eletrônica, comparecer a cada três meses à Justiça para prestar esclarecimentos sobre suas atividades e permanecer em casa durante as noites.

O falso cônsul também foi proibido de deixar Teresina sem autorização judicial. No entanto, ressaltou o MP, Maturino desobedeceu a determinação e estendeu suas ações para a Bahia, onde foi preso por operar o esquema sob a mira da Faroeste.

Entre investigadores da operação, o novo pedido de preventiva chamou a atenção por ter sido apresentado cerca de 11 meses depois do cerco montado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Muito antes de ser preso, o falso cônsul já havia sido denunciado à Justiça desde 2016 por envolvimento em casos de grilagem, especialmente no Oeste baiano. Ao mesmo tempo, Adailton Maturino era visto circulando sem restrições ou uso de tornozeleira em eventos públicos do Judiciário na Bahia e no Piauí.

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