Justiça

Sindicato dos Delegados de Polícia parabeniza STJ, PF e MPF por operação que afastou Maurício Barbosa da SSP

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Entidade também se manifestou sobre as consequências da Operação Faroeste no TJ-BA  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 15/12/2020, às 10h44   Redação BNews


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Após a deflagração 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, visando desarticular suposto grupo criminoso  no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) e na Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, os delegados da Bahia enviaram nota à imprensa parabenizando "a atuação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal pela condução de todo o trabalho investigativo que acabou por descortinar facção criminosa instalada no seio de instituições destinadas à defesa da sociedade".

A Sindicato dos Delegados de Polícia da Bahia (ADPEB) afirma que desde 2011 denuncia "o ardiloso mecanismo estabelecido no âmbito da SSP para controlar todas as investigações criminais sigilosas produzidas pela Policia Civil da Bahia (PCBA)". 

Ainda de acordo com a nota "em 2016, em assembleia geral, onde houve participação maciça da categoria, inúmeras denúncias sobre os desmandos que ocorriam no âmbito da secretaria foram feitas, apontando-se para a sua finalidade política, sob os auspícios de Mauricio Telles Barbosa e seus asseclas, demonstrado através do controle de operações, antecipação de investigações, manipulação de dados obtidos no bojo de interceptação telefônica, conhecimento prévio de quebra de sigilo bancário e fiscal, bem como situações de vazamento desses conteúdos".

O Sindicato salienta que "o ex-secretário Mauricio Teles Barbosa montou o maior esquema de controle de dados sigilosos do Brasil para benefício próprio e do grupo político e empresarial que representa, não medindo esforços para afastar e transferir neste intento, delegados que não concordavam com suas práticas na empreitada criminosa".

A entidade também se manifestou sobre as consequências da Operação Faroeste no TJ-BA: "no mesmo sentir em relação ao TJBA, através da então presidente, Desembargadora Maria do Socorro Santiago, ora ré, presa e afastada de suas funções em processo no STJ, que, visando impedir as denúncias formuladas pelos delegados da Bahia, expediu ofício aos juízes criminais de todo estado afiançando a lisura do procedimento de interceptação telefônica e quebra de sigilo de dados, sob o controle político de Maurício Teles Barbosa".

A ADPEB afirma que "continuará em sua luta na defesa do estado Democrático e dos interesses da instituição policial civil, vilipendiada por essa organização criminosa. Comunicamos ainda a toda a sociedade da Bahia que lançaremos movimento estadual interno para o resgate da Polícia Judiciária da Bahia, visando mobilizar todos os delegados na defesa e transformação dessa instituição centenária que foi sendo enfraquecida e estrategicamente controlada pelo grupo criminoso. A polícia investigativa deve garantir à sociedade um órgão imparcial, controlável e transparente, que se curva aos ditames constitucionais na defesa de bens jurídicos relevantes".

Por fim, a ADPEB afirma que "pretende dialogar com governador Rui Costa sobre a necessidade de reformularmos administrativamente a Policia Civil da Bahia, resgatando seus valores democráticos, reestruturando o órgão, sua autonomia, transparência, controle interno e plano de investimentos. A Polícia Judiciária da Bahia sobreviverá e saberá expurgar, peremptoriamente, tudo aquilo e todos aqueles que de forma perniciosa atentarem contra seus princípios e valores éticos".

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