Meio Ambiente

Junho Verde: especialista aponta desafios na conciliação entre exploração de recursos naturais não renováveis e desenvolvimento sustentável

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Adrieli Francisca Pacheco, especialista em gestão e educação ambiental, explicou quais são os principais obstáculos da temática  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa/Pixabay
Gabriela Araújo

por Gabriela Araújo

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Publicado em 14/06/2024, às 05h30



A exploração de recursos naturais não renováveis tem sido um dos principais pilares do desenvolvimento econômico global dos últimos tempos. No entanto, a dependência excessiva desses elementos traz consigo uma série de desafios ao meio ambiente e à sociedade. 

Ao BNews, a professora Adrieli Francisca Pacheco, especialista em gestão e educação ambiental, explicou que os recursos naturais não renováveis são aqueles oriundos de fontes finitas, que não possuem capacidade de renovar-se ou que o processo de renovação dura muito tempo, como o petróleo, ouro, cobre, ferro, alumínio e muitos outros.   

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De acordo com Adrieli, a extração intensiva gera muitos poluentes para a atmosfera, causando inúmeros problemas ambientais, como aquecimento global, chuva ácida, perda da biodiversidade e, consequentemente, o esgotamento dos próprios recursos.  

Para diminuir os efeitos negativos causados ao meio ambiente e à sociedade, o conceito de desenvolvimento sustentável surge como uma alternativa necessária, buscando equilibrar o crescimento econômico com a preservação ambiental. 

"A educação ambiental é o caminho para disseminar a sustentabilidade, promovendo assim um uso racional dos recursos naturais, assegurando que as futuras gerações também tenham acesso a esses recursos", disse a educadora. 

Agenda 2030  

Em 2015, líderes de todo o mundo e representantes da sociedade civil se reuniram na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e criaram uma nova agenda de desenvolvimento sustentável para os próximos 15 anos, a Agenda 2030, formada pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Eles visam garantir os direitos humanos, erradicar a pobreza e a fome, garantir água, saneamento e energia para todas as pessoas, oferecer saúde e educação de qualidade para os cidadãos, combater as desigualdades e injustiças, promover a igualdade de gênero, enfrentar a degradação ambiental e as mudanças climáticas, proteger a biodiversidade, estimular a sustentabilidade no desenvolvimento econômico e social, além de promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030. Entretanto, Adrieli Francisca afirma que a ausência de ações preventivas de cuidado ao meio ambiente é um dos maiores obstáculos do progresso sustentável.  

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"As pessoas não precisam ser especialistas no assunto, mas devem ter conhecimento e noção real do que vem acontecendo na natureza. Agir de maneira preventiva e não somente em situações de catástrofes ambientais", afirmou. 

Economia e meio ambiente 

De acordo com Adrieli, a implementação de políticas públicas voltadas para o uso responsável e sustentável dos recursos naturais não renováveis é indispensável para garantir um futuro mais equilibrado e seguro. Para ela, somente por meio de uma abordagem integrada e responsável será possível alinhar o crescimento econômico com a preservação do meio ambiente e o bem-estar das futuras gerações. 

"[São necessárias] políticas públicas que adotem o incentivo ao uso de energias renováveis, além de uma fiscalização mais severa das empresas e indústrias que façam o uso ou extração dos recursos naturais não renováveis", detalhou. 

"As empresas e indústrias precisam pensar em ações mitigadoras, visando diminuir os impactos causados em suas atividades. Isso é promover a sustentabilidade", destacou. 

O projeto Junho Verde 2024 é uma realização do Grupo A4 com patrocínio da Suzano, Governo Bahia, Axxo, JBS, Sian Engenharia, Shopping da Bahia, Intermarítima e Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O apoio fica por conta da Atlântico Transportes, ITS Internet, Planeta Imaginário, Ecogreen Educação Ambiental, Casa Soma e UCI Orient Shopping da Bahia.

Classificação Indicativa: Livre

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