Meio Ambiente
Conscientizar sobre educação e preservação ambiental com um poder diretamente na palma da sua mão. Com alguns toques, digitando algumas palavras, escrevendo textos, gravando vídeos e compartilhando conteúdo, a informação é propagada para milhões de pessoas ao redor do mundo, tendo um alcance global, com consequências inesperadas.
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Quem vê de fora, acha que o trabalho de um influenciador é fácil, mas para Anna Luísa Beserra, fundadora da Sustainable Development & Water for All (SDW), startup nordestina de impacto socioambiental voltada ao tratamento e distribuição de água, o principal empecilho ao compartilhar informações nas redes sociais para promover a conscientização ambiental é lutar, diariamente, contra “a desinformação e a polarização do tema”.
Há uma abundância de informações incorretas ou enganosas sobre questões ambientais circulando nas redes, e combater isso exige um esforço contínuo para verificar fatos e fornecer fontes confiáveis. Além disso, a polarização faz com que algumas pessoas associem a defesa das questões climáticas a determinados partidos ou ideologias”, destaca Beserra, afirmando que mesmo com os desafios, segue firme na missão de “promover mudanças positivas em relação ao ambiente”.
Sócia-fundadora da SDW junto com Anna, Letícia Nunes acrescenta outra dificuldade no compartilhamento da conscientização socioambiental nas redes sociais: a atratividade do tema que, por sua densidade, acaba afastando o interesse das novas gerações.
Em um momento no qual a atenção é mantida em cada vez menos tempo de tela, conseguir reter pessoas no processo de sensibilizar e conscientizar requer muita criatividade, e, ainda assim, não garante um grande alcance”, pontua Nunes.
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SDW e conscientização ambiental
Mulheres nordestinas à frente da SDW, Anna e Letícia possuem mais de 12 mil seguidores no Instagram, onde compartilham conteúdos voltados à educação e conscientização ambiental, de forma didática, com reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
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A história da SDW surge em 2013, devido a um projeto de Anna Luísa Beserra, o Aqualuz, que promovia o tratamento de água e acesso do recurso hídrico para pessoas carentes. Em 2017, Letícia soube do projeto da baiana e decidiu se juntar à ela para começar a startup que leva soluções para o problema da falta de água e saneamento em regiões remotas.
Ao longo dos sete anos desde a formação da startup, Anna Luísa Beserra destaca a campanha “Elas por 40”, iniciativa amplamente difundida com o apoio das redes sociais, com o objetivo de levar água para pessoas carentes.
Essa campanha, que começou no Dia Mundial da Água, em 22 de março, tinha como objetivo beneficiar famílias em situação de vulnerabilidade, fornecendo acesso a água de qualidade através de nossas tecnologias”, conta Beserra.
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Outra iniciativa de impacto da SDW, que foi amplamente divulgada nas redes sociais, foi a limpeza da praia do Rio Vermelho.
A iniciativa começou como uma ideia interna, que seria realizada entre os membros da SDW após a nossa imersão anual, e acabamos levando isso para as redes sociais e ganhando o suporte de outras pessoas na divulgação. O resultado foi mais de 30 pessoas em uma manhã de domingo na praia do Rio Vermelho, conseguindo retirar mais de 30 kgs de resíduos”, destaca Nunes.
Vegetarianismo, sustentabilidade, saúde e bem-estar
Ligada às questões sociais e preocupada com o meio ambiente enquanto estilo de vida, a influenciadora Marina Castello se declara abertamente vegetariana, e acredita que “a transformação acontece no coletivo”.
Perceber que eu já fazia a minha parte e os problemas continuavam, ainda que sejam menores por todos que fazem suas partes, me fez não conseguir ficar quieta. Ao mesmo tempo, não queria insistir na mesma tecla com quem não quer ouvir, assim nasceu a necessidade de criar um perfil só para isso além do meu pessoal”, destaca Castello.
A influenciadora acumula mais de 149 mil seguidores no TikTok, onde compartilha vídeos sobre sua rotina, com dicas de alimentação saudável (vegetariana e vegana), além de cuidados com a proteção ambiental.
Sinto que a internet faz com que temas e informações alcancem pessoas que não seriam alcançadas através do ciclo de convívio presencial delas, quando nele não se fala sobre. Então, de alguma forma, ajuda a plantar uma sementinha de movimentos importantes em ambientes onde isso não era falado. E uma pessoa que começa a se preocupar, possivelmente já contagia ao menos mais uma que convive com ela”, reforça a influenciadora.
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Educação ambiental através das redes sociais
Para as influenciadoras, educar sobre a importância da consciência ambiental não só é possível, como fundamental através das redes sociais.
As redes sociais criam comunidades e tem um poder lindo de unir pessoas a fim de melhorarem. Juntos, nossos movimentos positivos têm força ao serem somados”, destaca Castello.
Para Anna Luísa Beserra, levar conteúdos densos e complexos de forma simples e acessível é fundamental para educar e conscientizar nas plataformas digitais.
As redes sociais podem ser uma ferramenta poderosa para enfrentar esses desafios, aumentando a conscientização, facilitando a mobilização coletiva, compartilhando soluções inovadoras e pressionando governos e empresas a agir”, pontua Beserra.
Letícia Nunes acredita no poder de aproximação das pessoas por “identificações e paixões comuns”.
As redes sociais têm o poder de, além de educar, incentivar as pessoas a mudarem o modo de agir e cobrar de grandes e importantes entes o cuidado e a atenção necessária para se alcançar a transformação”, destaca Nunes.
O projeto Junho Verde 2024 é uma realização do Grupo A4 com patrocínio da Suzano, Governo Bahia, Axxo, JBS, Sian Engenharia, Shopping da Bahia, Intermarítima e Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O apoio fica por conta da Atlântico Transportes, ITS Internet, Planeta Imaginário, Ecogreen Educação Ambiental, Casa Soma e UCI Orient Shopping da Bahia.
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