Meio Ambiente

Junho Verde: setor florestal divulga relatório global de progresso de sustentabilidade; Bahia está em destaque

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Pesquisa consolida dados de monitoramento sobre a biodiversidade presente nas empresas do setor de árvores brasileiro  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 05/06/2023, às 12h00   Cadastrado por Victória Valentina


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Um relatório divulgado pelo Internacional l Council of Forest and Paper Associations (ICFPA), fórum global de diálogo de associações regionais e nacionais dos principais países produtores de celulose, papel e madeira do mundo, mostra como o setor de base pode desempenhar no combate aos efeitos das mudanças do clima, e o Brasil e o estado da Bahia estão em destaque.

De acordo com o Relatório de Progresso de Sustentabilidade 2023, o Brasil figura dentre os estudos de caso com a pesquisa que deu origem ao Caderno de Biodiversidade do Setor de Árvores Cultivadas, desenvolvido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

A pesquisa consolida dados de monitoramento sobre a biodiversidade presente nas empresas do setor de árvores brasileiro que, além dos 9,9 milhões de hectares de área produtiva, mantém 6 milhões de hectares de áreas de conservação, uma extensão equivalente ao estado do Rio do Janeiro. Outros números de destaque são o registro de mais de 8 mil espécies de animais e plantas em áreas do setor, das quais 335 estão ameaçadas de acordo com o ICMBio.

“O setor brasileiro de árvores já vem trabalhando há décadas para aumentar sua produtividade utilizando menos recursos naturais, enquanto oferece uma grande gama de bioprodutos, recicláveis e biodegradáveis, para suprir as demandas globais por uma economia mais verde. Respeito ao meio ambiente e à biodiversidade em nosso setor é também um resultado prioritário, que temos medido com dados e bons exemplos, colhendo sempre grandes avanços em prol da sustentabilidade”, comentou José Carlos da Fonseca Jr., diretor executivo da Ibá.

Na Bahia, são 700 mil hectares de plantações florestais e 450 mil hectares de florestas nativas destinadas à preservação ambiental. No estado, são plantadas 250 mil árvores por dia.

O estado entrou na rota de um projeto que pretende conectar, por meio da formação de corredores ecológicos, uma área que corresponde a aproximadamente 173 mil hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade que se estende até o Espírito Santo, o que equivale a 173 mil campos de futebol. Na Bahia, corredor ecológico conectará fragmentos florestais nativos dos municípios de Alcobaça, Caravelas, Mucuri, Nova Viçosa, Prado, Teixeira de Freitas, Vereda, Itamaraju e Porto Seguro.

A Suzano é uma das empresas que se destaca no ramo, promovendo ações de plantios de mudas em corredores ecológicos no Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. A companhia tem o compromisso de conectar, até 2030, meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade desses ecossistemas, o que equivale a quatro vezes a cidade do Rio de Janeiro.

Outra companhia de destaque é a Varecel Celulose que, a cada hectare de eucalipto, mantém um hectare (ha) de área destinada à preservação. Assim, em cerca de 200 mil ha de área da companhia, 100 mil são de plantio de eucalipto, e 100 mil são de áreas destinadas à vegetação nativa.

A Bracell também tem a sustentabilidade como foco principal desde o surgimento. Seus programas e ações em prol do planeta e da biodiversidade, como "Compromisso Um-para-Um", lançado em 2022, contribui com a conservação o das áreas de vegetação nativa em tamanho igual às áreas de plantio; ou seja, a cada um hectare plantado de eucalipto, a empresa se compromete a conservar, proteger ou restaurar um hectare de floresta nativa até o final de 2025.

As atividades da Ferbasa também são norteadas pelo conceito de sustentabilidade, segundo o qual o progresso socioeconômico ocorre em harmonia com a natureza e com os seres humanos. Nesse sentido, a empresa integra várias unidades de plantios de florestas renováveis de eucalipto, que é a fonte de matéria prima para produção de biorredutor utilizado pela própria companhia como redutor na transformação dos minérios em ferroligas.

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