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Consulado chinês é fechado nos EUA e país asiático promete retaliação

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Decisão tem como pano de fundo tensões entre os dois países em várias frentes  |   Bnews - Divulgação Reprodução/InfoMoney

Publicado em 22/07/2020, às 08h15   Redação BNews


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O consulado chinês em Houston, nos Estados Unidos, foi fechado "para proteger a propriedade intelectual americana e as informações privadas dos americanos", segundo uma porta-voz do Departamento de Estado, após o protesto de Pequim contra essa decisão.

Reportagem de O Globo afirma que a decisão tem como pano de fundo as tensões crescentes entre os dois países em várias frentes: a polêmica lei de segurança nacional em Hong Kong, as acusações de espionagem contra a China, e a situação humanitária na região de Xinjiang (ao Noroeste da China), onde vive a minoria muçulmana uigur.

A China tem cinco consulados nos Estados Unidos. O de Houston (Texas) foi aberto em 1979. Segundo jornais locais, os bombeiros foram ontem à noite ao consulado chinês, porque documentos estavam sendo queimados no pátio do edifício. As autoridades chinesas denunciaram a decisão, a qual classificaram de "provocação política" que prejudicará as relações diplomáticas bilaterais.

A China acusou os EUA de assediarem funcionários diplomáticos e de intimidar estudantes chineses, confiscar dispositivos eletrônicos pessoais e detê-los sem justa causa. Missões e pessoal diplomático chineses também receberam recentemente ameaças de bomba e morte, acrescentou Wang. As autoridades chinesas também acusaram os EUA de "calúnias", depois que dois de seus cidadãos foram indiciados por ciberataques a empresas envolvidas na busca de uma vacina contra o novo coronavírus.

A acusação foi feita nesta terça-feira pelo Departamento americano de Justiça, contra Li Xiaoyu, de 34 anos, e Dong Jiazhi, de 33, "dois hackers chineses (que) trabalhavam com o Ministério chinês da Segurança". Em comunicado, o governo chinês refutou as acusações e disse que "infiltração e interferência nunca estiveram nos genes e na tradição da política externa da China", sem se referir a nada específico.

Segundo as autoridades americanas, os dois hackers se conheceram durante seus estudos de engenharia e roubaram segredos industriais avaliados em milhares de dólares ao longo de dez anos. Recentemente, teriam tomado como alvo empresas da Califórnia que trabalham na busca de uma vacina e de um tratamento para o novo coronavírus, de acordo com o promotor federal responsável pelo caso, William Hyslop. Li e Dong não foram detidos e estariam na China hoje.

O governo do presidente Donald Trump mantém há meses um tom bastante crítico em relação às autoridades chinesas, as quais acusa de terem escondido a magnitude da propagação da Covid-19 desde o surgimento da doença na cidade de Wuhan, no final de 2019.

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