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Nove meses após fugir do Japão, Carlos Ghosn vira professor de executivos no Líbano

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O Líbano enfrenta crise por má administração e corrupção   |   Bnews - Divulgação Renault/ Divulgação

Publicado em 29/09/2020, às 16h00   Redação BNews


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O ex-presidente da Renault e Nissan, Carlos Ghosn, que fugiu do Japão onde enfrentava um julgamento por delitos financeiros, vai lançar um programa universitário de gestão e negócios no Líbano, país que enfrenta crise por má administração e corrupção. 

O executivo francês de origem libanesa quer modernizar a escola de administração de empresas da Université Saint-Esprit de Kaslik (USEK), uma universidade particular ao norte da capital libanesa.

Ghosn é responsável por recuperar a montadora francesa e a montadora japonesa antes de enfrentar acusações de delitos financeiros, que são negados por ele. Agora seu foco está em planejar programas de orientação a executivos, treinamento em tecnologia, e assistência a startups para a criação de empregos.

Após fugir do Japão, o executivo encontrou refúgio no país em que passou a infância, o Líbano, cuja economia está em colapso por conta de dívidas acumuladas desde a guerra civil que se estendeu de 1975 a 1990. 

“Obviamente não me interesso por política, mas vou dedicar tempo e esforço a apoiar o Líbano nesse período difícil”, ele disse à Reuters no final de semana. “O objetivo é criar empregos, trabalho e empreendedores que permitam que a sociedade faça seu papel na reconstrução do país”, disse Ghosn em uma entrevista na universidade nesta terça.

O programa executivo tem como foco a recuperação de empresas em crise e de companhias que enfrentam dificuldades por conta do ambiente de negócios, bem como ensinar os participantes a “se tornarem imprescindíveis” para suas empresas.

As aulas devem começar em março para turmas entre 15 e 20 executivos seniores no Líbano e no Oriente Médio.
“O modelo de comportamento será minha experiência, aquilo que vejo como as necessidades básicas de um executivo importante em um ambiente muito competitivo”, ele disse.

“Estaremos criando empreendedores muito necessários, e estaremos criando empregos”, ressaltou.

Em entrevista à Reuters, Ghons disse ainda que “esses estudantes precisam de mais ajuda do que qualquer outra pessoa. Eles são parte da classe que foi esmagada pela situação atual”.

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