Após um mês de espera, brasileiros tentam atravessar fronteira e Gaza com Egito

Após um mês na lista de espera, brasileiros irão poder tentar atravessar a fronteira de Gaza com o Egito.  As informações são do UOL.

A travessia pela divisa depende da reabertura do portão de Rafah, com prioridade sendo dada à passagem de ambulâncias com feridos. No entanto, as autorizações de saída são interrompidas quando Israel suspeita que membros do Hamas estejam tentando cruzar a fronteira.

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A estratégia já foi planejada: assim que chegarem ao solo brasileiro, o grupo de 34 pessoas passará dois dias em Brasília. Durante esse período, eles serão submetidos a exames médicos, terão seus cartões de vacinação atualizados, receberão atendimento psicológico e, igualmente importante, terão a oportunidade de descansar.

Após esse processo, aqueles que possuem familiares capazes de acolhê-los seguem para seus respectivos destinos. No entanto, metade do grupo não possui onde ficar, pois seus familiares mais próximos já migraram para fora ou perderam o contato com aqueles que ainda estão aqui. Essas pessoas serão encaminhadas para um abrigo do governo federal localizado no interior de São Paulo.

Ainda não se sabe ao certo quando os brasileiros que se encontram no sul e em Gaza serão capazes de deixar o local. Dois ônibus, contratados pela embaixada brasileira no Cairo, estacionaram próximos da fronteira, no lado do Egito, aguardando o grupo que faria a travessia na sexta-feira.

Após mais uma frustração, o grupo teve que retornar e os ônibus que os aguardavam também voltaram. Essa mesma jornada será repetida todos os dias até que os brasileiros consigam atravessar o portão. Eles têm recebido apoio financeiro das embaixadas brasileiras para adquirir água, comida e pagar o transporte até o portão de Rafah, garantindo que não enfrentem dificuldades para chegar à guarita no momento em que a passagem for liberada.

O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que não é possível prever se a travessia ocorrerá hoje, amanhã ou em alguns dias. Devido à intensificação dos bombardeios próximos a hospitais em Gaza, onde acredita-se que membros do Hamas estejam escondidos, a prioridade tem sido dada à travessia de ambulâncias com feridos. O trânsito de pessoas também é interrompido quando há suspeita de que terroristas estejam tentando cruzar a fronteira.