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"Bolsonaro desrespeitou nosso país", diz líder de entidade ucraniana

Agência Brasil
Bolsonaro recusou o convite para se reunir com o presidente ucraniano e entrevista disse apoiar a Rússia  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 09/03/2022, às 07h50   Redação


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O líder da Representação Central Ucraniano- Brasileira, Vitorio Sorotiuk, criticou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), que além de ter recusado um convite para visitar a Ucrânia, declarou publicamente, em entrevista com auxílio de tradutor, “ser solidário” à Rússia durante o período em que esteve no continente leste europeu. “O presidente brasileiro insultou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e desrespeitou o país” disse Vitorio se referindo a postura do chefe do executivo brasileiro durante a viagem internacional de visita a Rússia ocorrida em fevereiro deste ano.

De acordo com o portal UOL, a carta convite para visitar a Ucrânia foi formalizada e protocolada diretamente na Presidência da República, no dia 30 de janeiro. “O convite foi realizado durante uma reunião virtual com mais de 30 representantes de entidades ucranianas espalhadas pelo mundo, ocorrida em dezembro de 2021”, afirma o líder da Representação Central afirmando ainda que “não houve resposta ao convite”.

“O Bolsonaro ofendeu o presidente da Ucrânia e virou as costas para a gente. Ele apenas decidiu ir à Rússia e oferecer solidariedade ao Putin antes da invasão. Depois, disse que a posição era de neutralidade quando o segundo maior exército do mundo ataca um país pequeno. Espero que ele se comporte como presidente do Brasil, e não como Jair Bolsonaro”, disse Vitorio.

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Para estremecer ainda mais a relação diplomática entre Ucrânia e Brasil, Bolsonaro zombou do passado do de comediante do presidente ucraniano durante entrevista coletiva realizada em São Paulo após o início da guerra ucraniana. “ O povo [ucraniano] confiou num comediante o destino de uma nação. Ele [Zelensky] tem que ter equilíbrio para tratar dessa situação aí”, disse.

As assessorias da Presidência da República e do Itamaraty foram questionadas pelo UOL sobre o ocorrido, mas, não se pronunciaram. Vale lembrar que diplomatas norte-americanos tentaram persuadir o presidente brasileiro a cancelar a agenda com o chefe do executivo russo, Vladimir Putin.

Mesmo sem apoio do governo brasileiro, cerca de 500 voluntários estão interessados em se alistar junto à Legião Internacional de Defesa do Território para atuar ao lado do exército ucraniano.

Na semana passada, a entidade lançou o Comitê Humanitas Ukraine Brasil para coordenar ações de ajuda humanitária no país. O órgão ainda busca apoio junto a senadores e deputados federais para que o Brasil receba refugiados da guerra na Ucrânia. A Guerra na Ucrânia entra nesta quarta-feira (9) no décimo quarto dia e ainda sem acordo entre a Rússia e Ucrânia após duas rodadas de negociações.

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